Política Titulo Decisão de cima
DEM realinha postura em oposição ao PT
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/11/2013 | 09:09
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A nova executiva do DEM de Santo André, encabeçada por Fernando Marangoni, cobra realinhamento da postura em oposição ao PT, que comanda a Prefeitura de Santo André, com Carlos Grana. A proposta, segundo o presidente, serve para readequar a legenda dentro do posicionamento nos âmbitos federal e estadual. “O Democratas, no que tange ao governo do Estado, é o primeiro partido no apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB)”, assinalou.

Antes da dissolução da antiga comissão, o então mandatário da sigla no município, Antônio Feijó, ex-assessor especial de Aidan Ravin (PSB), iniciou, em julho, tratativas com a administração petista para fazer parte da ala governista na Câmara e, inclusive, oficializou pedido por participação efetiva no Paço, com abertura de cargos. “Obviamente que essa não é a postura do DEM, pois o partido é oposição (ao petismo) em todas as esferas. Em Santo André, temos que manter a coerência às ideias.”

Feijó renunciou ao cargo de presidente ao prever a intervenção de São Paulo. Embora havia expectativa de represália, o ex-dirigente continua nas fileiras do partido. O governo Grana praticamente negou espaço imediato ao DEM. Diante da porta fechada do Paço, o ex-assessor reativou sua relação com Aidan, que será candidato a deputado federal em 2014.

A saída do parlamentar Toninho de Jesus (desfiliou-se e migrou para o recém-criado Solidariedade) contribuiu para essa medida adotada pela cúpula local, direcionada pelo diretório estadual, mais precisamente pelas mãos de Rodrigo Garcia, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e secretário-geral do DEM paulista. Isso porque o vereador anunciou apoio à gestão Grana, o que desagradou as instâncias superiores. Apesar disso, nenhuma ação punitiva foi tomada.

Marangoni argumentou que esse novo momento – a executiva assumiu o posto oficialmente no dia 1º – servirá para provocar uma “reoxigenação”. “Queremos um posicionamento de independência na Câmara, de acordo com a postura do (Evilásio Santana, o) Bahia. Continuar nessa toada, fazendo oposição com inteligência”, completou o presidente. A comissão provisória também tem Oscar Martorelli como vice e o ex-vereador Marcos Medeiros, que participou das conversas com o PT, na secretaria-geral.

Apesar do discurso, o DEM perdeu força com a perda de representação no Legislativo. Não lançou candidato majoritário no ano passado e não existe perspectiva de encampar nome à sucessão de Grana. Não bastasse, o cenário de 2014 também está indefinido. “Não há nada de concreto”, admitiu Marangoni. O próprio Bahia seria uma aposta, porém sem sinalização de adesão.
 




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