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Dívidas podem inviabilizar uma empresa

O empresário que está pensando em contrair crédito precisa tomar cuidado para não
perder o controle de suas dívidas, cujo resultado pode ser a falência da empresa

Simpi
13/11/2013 | 07:11
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O empresário que está pensando em contrair crédito precisa tomar cuidado para não perder o controle de suas dívidas, cujo resultado pode ser a falência da empresa. Os cuidados precisam ser redobrados com as taxas de juros em elevação.

O professor e coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologia do Mackenzie, Alexandre Nabil, afirma que crédito bom é o bem planejado, dirigido para a empresa que o utiliza para crescer, expandir o capital, ampliar renda ou a rede de unidades. “Quando se toma esse recurso com objetivo de longo prazo, para capitalizar a empresa para esse ciclo de desenvolvimento, o crédito é muito bom. O crédito é perigoso quando utilizado para financiar o capital de giro de uma maneira não planejada. Em vez de buscar crédito barato, a empresa procura fechar o caixa utilizando cheque especial, que é muito caro e acaba virando uma bola de neve”, esclarece.

Ainda, segundo o professor, é muito comum ver empresas nas quais o empresário faz o cheque para pagar o aluguel de casa, o telefone celular e despesas pessoais e mistura com o dinheiro da empresa. “Isso é muito ruim e faz perder o controle das finanças. O ideal é o empresário definir o seu pró-labore, o seu ‘salário’, periodicamente, o suficiente para pagar as suas despesas e ao fim de cada período aferir o lucro”, afirma Nabil.

Em resumo, é preciso separar as contas da empresa das contas pessoais do empresário e, também, planejar cuidadosamente os recursos da empresa, como antecipar o movimento de caixa, programar as despesas e prever as reações do mercado. Além disso, não esperar para buscar crédito quando estiver sem recursos, pois as taxas de juros serão mais altas e, consequentemente, poderão deixar a empresa exposta a um custo financeiro que pode ser excessivo.

CAPITAL PRÓPRIO - Segundo o economista José Eduardo Amato, professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), para um empreendedor que deseje iniciar um empreendimento com recursos próprios, é preciso criar um plano de negócio e analisar a sua viabilidade financeira, operacional e mercadológica. Ao elaborar esse plano, vai ser possível saber qual deve ser o capital inicial, o volume de recursos que será necessário em todas as etapas, para poder investir com mais critério e sem desperdícios.

“Uma dica para iniciar o seu negócio é apresentar amostra do produto para os amigos e conhecidos, comercializar algumas peças e verificar qual a aceitação. O teste piloto é muito importante para amenizar riscos”, afirma o professor. Com isso já é possível saber se o produto que você deseja oferecer vai atender a necessidade do cliente e, se ainda houver dúvidas, o melhor é promover pesquisa de mercado, para verificar se a proposta irá atender as expectativas.

A lucratividade pode vir um pouco mais tarde que o desejado. Como o tempo médio de retorno pode ser de dois a três anos, é importante ter em mente que o começo será mais difícil, até que o empreendimento venha a se desenvolver.

“É preciso se programar e dirigir a empresa com austeridade até lá”, finaliza o professor Amato.
 




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