Política Titulo Promessas
Oposição critica descumprimento de promessas

Adversários políticos analisam prefeitos mal avaliados pela população da região em pesquisa do Diário

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/11/2013 | 07:29
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As lideranças de oposição consideraram que o descumprimento de grande parte das promessas feitas durante a campanha dos atuais prefeitos foi decisivo para o resultado desfavorável do levantamento feito pelo DGABC Pesquisas, divulgado domingo pelo Diário.

Na repercussão das notas dos chefes de Executivo da região, os adversários mencionaram que o levantamento sobre as gestões municipais nesses dez meses iniciais de mandato retrata a avaliação de descrença do eleitorado.

Em São Bernardo, a análise dos deputados estaduais Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS), principais expoentes da ala contrária à gestão Luiz Marinho (PT), é de que as denúncias de irregularidades são fatores determinantes para a queda na avaliação do petista – a aprovação caiu de 6,1 para 5,6.

Dentre as ilegalidades apontadas na gestão Marinho estão casos de nepotismo na Prefeitura, contratação de empresa para construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, na qual o ex-sócio era laranja (foi tirado recentemente do quadro de proprietários), o episódio da empresa pertencente ao secretário de Saúde, Arthur Chioro, além da compra de salsichas, cuja empresa que ganhou o edital foi registrada em cartório um dia antes. “Esse resultado é natural. Muita coisa foi prometida, mas pouco foi cumprido. Isso sem falar no mar de denúncias que tomou conta da cidade”, citou Alex. “Tenho ouvido muita reclamação de falta de vagas em creches”, acrescentou Morando.

Em Santo André, ao criticar a atuação da administração Carlos Grana (PT), o ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PSB) afirmou que o petista apenas continuou o trabalho de sua gestão, só que “com menos força e intensidade”. “Todas as grandes conquistas para a cidade neste ano foram planejadas e iniciadas no meu governo. Por isto a população se mostra insatisfeita. Há frustração.”

O ex-prefeito de São Caetano e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), classificou a queda da aceitação de Paulo Pinheiro (PMDB) – a popularidade é de 25,1% –, pela “inoperância administrativa” e por “promessas incabíveis”. “Não basta só a proximidade com o povo. É atributo importante, mas há de se ter competência gerencial administrativa. Ainda tem reflexo de uma campanha absolutamente mentirosa (em promessas).”

Em Diadema, o presidente do PT, vereador Josa Queiroz, afirmou que a queda de aprovação da gestão Lauro Michels (PV) – foi de 38,3% em junho para 27,8% – reflete o fim da lua de mel com as propostas de campanha. “Os números retratam o que temos visto no dia a dia. Ele não só tem paralisado o que estava em curso como não tem conseguido dar continuidade a seus projetos.”

A deputada estadual e ex-prefeiturável ao Paço de Mauá Vanessa Damo (PMDB) frisou que a população começou a tomar ciência de que as promessas feitas pelo prefeito Donisete Braga (PT) durante a campanha não serão cumpridas. “O povo vive um pesadelo. Acredito que a população começa a enxergar que tudo o que foi falado não será cumprido”, analisou a peemedebista, baseada no índice de 44,9% de rejeição ao atual comandante do Paço. O petista obteve nota 4,1 na pesquisa, sendo o pior desempenho entre os sete gestores da região.

Na avaliação do ex-prefeito de Ribeirão Clóvis Volpi (PTB), a gestão Saulo Benevides (PMDB) não está agradando os munícipes, embora o peemedebista tenha subido na nota de 4,6 para 4,7. “A gente percebe nas ruas que muita gente não avalia esta administração como boa”, disse o petebista.

Segundo colocado na corrida pelo Paço de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PT) declarou que o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) não tem capacidade de gestão e, por isso, obteve 4,6 da população. “É como se não tivesse prefeito. O governo não tem gestão.”
 




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