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Helcio cogita desistir de pré-candidatura e espera PED para decidir futuro

Vice-prefeito de Mauá deve lançar Marcelo Oliveira a deputado federal

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
10/11/2013 | 07:46
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Ricardo Trida/DGABC


A semana no PT de Mauá promete ser agitada. Com a definição do PED (Processo de Eleições Diretas) hoje, as candidaturas de 2014 começam a ser definidas. A principal decisão será do vice-prefeito e secretário de Habitação, Helcio Silva (PT). Fontes ouvidas pelo Diário garantem que são grandes as chances de ele abdicar da corrida para permanecer no Paço. O substituto seria o vereador Marcelo Oliveira (PT), líder do Executivo na Câmara.

O parlamentar afirmou que as conversas ocorrerão após a eleição interna, mas reiterou seu apoio ao número dois da administração. “Não fui procurado por ninguém. Acredito que esse debate deve ocorrer somente depois do PED. Com certeza teremos novidades”, ponderou, indicando, porém, que haverá mudanças no quadro atual.

As especulações sobre a desistência ganharam força após Helcio recusar a convocação da Câmara dos Deputados para assumir cadeira em Brasília. O petista avaliou que não compensaria renunciar ao cargo de vice para ficar como parlamentar até janeiro, quando José Genoino (PT-SP) volta da licença médica. A candidatura de Helcio foi acordada no ano passado, junto com a desistência da reeleição de Oswaldo Dias (PT), para a apresentação de Donisete Braga na cabeça da chapa ao Paço (PT).

Nos próximos dias, Marcelo e o vice-prefeito devem anunciar a decisão do grupo. Porém, se o vereador for o candidato indicado, a briga no PT estará feita. Helcio não retornou aos contatos da equipe do Diário.

O secretário de Serviços Urbanos, Rogério Santana (PT), já falou para o seu grupo político se preparar porque irá procurar Donisete e reivindicar que ele seja o candidato a deputado federal.

A conjuntura inicial era essa, porém Helcio foi alçado para a disputa como parte do acordo para lançar o atual prefeito na eleição do ano passado em substituição ao ex-prefeito Oswaldo Dias, que disputaria a reeleição.

Pessoas ligadas a Rogério são enfáticas ao dizer que não vão apoiar Marcelo na corrida pela cadeira em Brasília. O integrante do primeiro escalão declarou que não vai se manifestar sobre o assunto.

O único consenso dentro do diretório municipal é a dificuldade que os interlocutores do governo terão em fechar dobrada única na cidade. Os petistas admitem que os seis grupos que compõem a sigla não estão maduros para abdicar de seus respectivos projetos para ajudar os companheiros.

Donisete tem sido figura presente no processo de aglutinar forças em torno da chapa. A articulação é para convencer o vereador José Luiz Cassimiro (PT) a desistir da pré-candidatura na esfera estadual. Em troca, o parlamentar ficaria com a presidência da Câmara no próximo biênio (2015-2016).

O prefeito deseja deixar o caminho livre para o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), que vai disputar cadeira na Assembleia Legislativa com amplo apoio da administração.

Porém, a articulação do comandante do Paço enfraqueceria o grupo de Oswaldo. Donisete tem alegado que Marcelo Oliveira poderia ser o candidato a federal, mas o vereador é ligado a Helcio, não ao ex-prefeito.
 




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