Política Titulo Sombra
Candidatura causa crise
entre primos Michels

Prefeito de Diadema minimiza força política do
secretário de Educação, que busca Câmara Federal

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/11/2013 | 07:42
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Celso Luiz/DGABC


A relação entre o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e o secretário de Educação, Marcos Michels (PV), está em crise depois de o chefe do Executivo, para justificar o não apoio à pré-candidatura de Marcos a deputado federal, minimizar a força política do primo em reunião com servidores comissionados no começo da semana passada.

Em encontro para pedir mais esforço de funcionários apadrinhados do Paço, Lauro contestou o projeto de Marcos de candidatura à Câmara Federal e, entre outras críticas, disse que o primo só se elegeu vereador (está licenciado para ocupar a Pasta) às suas custas.

As declarações causaram estremecimento no grupo político que levou Lauro a dois mandatos de vereador e o conduziu à Prefeitura, após vitória histórica contra o ex-prefeito Mário Reali (PT). Muitos aliados de Marcos defenderam o retorno do verde à Casa, deixando a Secretaria de Educação e tirando Zé do Bloco (PV), segundo suplente da sigla, do Legislativo.

Lauro defende a candidatura do ex-prefeito de Rio Grande da Serra e seu assessor especial, Adler Kiko Teixeira (PSC), e, nos bastidores, sempre trabalhou para não viabilizar a empreitada do secretário de Educação. Fomentou, inclusive, uma disputa interna, colocando o nome do titular de Obras e também vereador licenciado, Márcio da Farmácia (PV), à frente na corrida de uma eventual candidatura federal pelo PV de Diadema.

Haveria na semana passada reunião entre Lauro, Marcos, Márcio da Farmácia, a deputada estadual Regina Gonçalves (PV) e o presidente do PV na cidade, Gesiel Duarte, para tratar sobre o assunto, mas o encontro não foi agendado.

Lauro e Marcos não foram localizados para comentar o assunto.

APOIOS
Mesmo sem aval do prefeito, Marcos foi, durante o segundo semestre, costurando internamente apoios para sua candidatura a deputado federal, principalmente incitado por seu grupo político.

Nas contas desta ala, ao menos 14 dos 18 secretários municipais tinham intenção de aderir ao projeto, entendendo que a cidade tem capacidade de eleger um deputado federal e, pela primeira vez, fora do petismo – nos últimos 30 anos, os ex-prefeitos José de Filippi Júnior (PT) e José Augusto da Silva Ramos (pelo PT, em 1994; hoje ele está no PSDB e no governo Lauro) chegaram ao Congresso Nacional.

O apoio de Lauro recai no grupo político que tem como integrantes Kiko, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o secretário de Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD).
 




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