Prefeito de Diadema tem dez meses para erguer equipamento, que está no papel, e ficar com recursos
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), viaja quinta-feira para Brasília para, junto ao Ministério da Previdência Social, tentar acertar a transferência da titularidade do terreno que abrigaria a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Piraporinha. A reunião será divisor de águas sobre a possibilidade real de perder os R$ 2,6 milhões autorizados pelo Ministério da Saúde para construção da UPA.
Segundo a administração municipal, enquanto a área estiver em nome do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), não será possível iniciar a obra para erguer o equipamento, uma vez que o Ministério da Saúde exige que o município detenha o espaço oferecido ao complexo hospitalar.
A Pasta de Saúde deu prazo até setembro para finalização da construção da UPA. Caso não atinja o limite, o governo Lauro Michels terá de ressarcir os cofres federais – a União já liberou R$ 1,9 milhão dos R$ 2,6 milhões à cidade para contratação de projetos e licitação, vencida pela Ematec Engenharia e Sistemas de Manutenção.
Lauro afirmou que, se não houver acordo sobre o terreno da UPA, há possibilidade de fechamento do Hospital Municipal em Piraporinha, já que o complexo hospitalar está situado em área também pertencente ao INSS. O verde pediu auxílio ao governo do Estado e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cogita arrendar o espaço em troca de dívida que o Estado tem a cobrar da União e, depois, ceder o terreno ao município.
“É uma questão de Saúde. Não foi culpa minha ou da minha gestão. Está errado, não é de agora e tento resolver. (Se não conseguir) Teremos até de fechar o Hospital Municipal”, declarou o chefe do Executivo. Ele disse que, por mês, tem de desembolsar R$ 70 mil para custear aluguel do terreno onde está instalado o maior centro hospitalar de Diadema.
FALTA DE MÉDICOS
Lauro reconheceu a dificuldade em repor os 70 médicos demitidos desde o início do ano na rede pública, a despeito de o edital de admissão estar constantemente aberto. Segundo o prefeito, profissionais rejeitam atuar na cidade devido à violência, principalmente no Jardim Campanário e no bairro Eldorado.
Após ausência da primeira leva de inscrição ao programa federal Mais Médicos, Diadema aderiu ao projeto e solicitou a vinda de 30 funcionários. Lauro afirmou que, a princípio, dois médicos devem vir ao município. Ele reclamou também que a rede pública municipal atende pacientes de São Paulo e São Bernardo, o que sobrecarrega o sistema de Diadema.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.