Economia Titulo Homenagem
Finados faz preço
de flor subir até 10%

Apesar da alta, comerciantes estimam incremento
de até 30% nas vendas ante a mesma data de 2012

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/11/2013 | 07:29
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Celso Luiz/DGABC


Na hora de homenagear um parente ou amigo querido, o consumidor vai gastar até 10% a mais neste ano. O preço do tradicional vaso de crisântemo, arranjo campeão do Dia de Finados, varia de R$ 7 a R$ 12 no Grande ABC.

A razão do aumento é a aproximação do feriado, celebrado amanhã, como explica o responsável pelo Mercado de Flores da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrada de Santo André), Marques Carmo. “Nessas datas comemorativas, há um acréscimo de 5% a 10% nos preços das flores. É a lei da oferta e da procura, como há mais pessoas demandando e a mesma quantidade de material, o valor acaba subindo”, disse.

A data representa o terceiro maior pico de vendas de arranjos no ano, atrás apenas do Dia dos Namorados e do Dia das Mães.

COMÉRCIO - Apesar do aumento no custo das flores, os comerciantes estão otimistas em relação às vendas. A expectativa das floriculturas é elevar suas vendas em 30% em relação à mesma data do ano passado – que caiu numa sexta-feira e foi feriado prolongado. Em comparação com os dias normais, o faturamento cresce até 90%.

A proprietária do estabelecimento Valéria Flores, localizado em frente ao Cemitério da Saudade, em São Caetano, Valéria Daga é uma das que estimam alta nas vendas, apesar de afirmar que a disparidade com o lucro no Dia das Mães é grande.

“Como as pessoas costumam comprar arranjos mais elaborados para presentear as mães, acabamos tendo um lucro maior. Já no Dia de Finados, as pessoas optam pelos crisântemos, que são baratos e duram até 15 dias, além de serem plantados”, afirmou.

A gerente Verônica da Silva, da loja vizinha, a Cecília Flores, também se mostra otimista. “Já temos crisântemos de todas as cores, sendo que já estamos vendendo algumas unidades, que custam R$ 10 com o vasinho.”

Apesar de não ficar perto de nenhum cemitério, a floricultura Rosa Fernanda, de Santo André, também espera vender mais que o normal. “É um dia que acaba vendendo mais, já que as pessoas sempre procuram as flores como maneira de homenagear os entes queridos”, declarou.

O Mercado de Flores da Craisa tem uma estimativa de crescimento de 30% nas vendas e 6% em relação ao ano passado. O responsável pelo setor, Carmo, justifica o aumento em razão de a data cair no sábado. “Nós abrimos às quartas-feiras e aos sábados, o que vai fazer com que aumente o movimento em relação ao ano passado, quando o Dia de Finados caiu em uma data em que não abríamos (sexta-feira).”

Além da opção dos crisântemos, há outras flores plantadas – que duram até 15 dias e evitam problemas com dengue –, como o mini-cravo (R$ 3) e a begônia (R$ 4), que também são bastante procuradas.

PESSIMISMO - Apesar do otimismo, há lojas que não esperam ter crescimento nas vendas.

A proprietária Edna Gloder Baltazar, da floricultura Maria Fulô, em Diadema, acredita que a distância que sua loja está dos cemitérios, acaba atrapalhando. “O movimento aqui é muito fraco (na data), eu até vendo uma coisa ou outra, mas para mim é como se fosse um dia normal”, afirmou.

A razão é a mesma do proprietário da Cristina Flores, em Mauá, Márcio Yamauchi, que nem vai abrir as portas amanhã. “Nem é o nosso foco. Aqui as pessoas compram mais arranjos e cestas para presentes.”
 




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