Série de filmes que retratam a violência em pleno período da ditadura militar agita a programação desta semana da Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207. Tel.: 3512-6111), em São Paulo. O centro cultural apresenta a partir de hoje a mostra 'Marcas da Memória'. As sessões gratuitas seguem até domingo e ocorrem sempre às 18h e 20h.
 
Grande parte do acervo reúne títulos realizados entre os anos 1960 e 1970 que acabaram sendo restaurados pelo projeto especial 'Memória Cinematográfica Para um Tempo Sem Memória', selecionado por meio da Comissão de Anistia. Entre as obras que entrarão em cartaz estão 'Os Fuzis' (1963), de Ruy Guerra, e 'Manhã Cinzenta' (1968), do diretor Olney São Paulo.
 
Para complementar as atividades, a mostra também traz documentários com a mesma temática. Destaque para trabalhos do cineasta Eduardo Coutinho, como o clássico 'Cabra Marcado Para Morrer' (1984).

A abertura fica por conta do curta 'Libertário' (1977), a partir das 20h. Com a ajuda de fotos, vídeos e músicas da época, o diretor Lauro Escorel Filho passeia entre os séculos 19 e 20 para revelar a formação da classe operária brasileira, com destaque para o momento de industrialização que passava o Estado de São Paulo.

A programação está no site da Cinemateca (www.cinemateca.gov.br).