Política Titulo Museu
Sede da empreiteira muda
e sócio de laranja some

Funcionário diz que a empresa funciona em outro
local, mas que não poderia passar novo endereço

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
03/10/2013 | 07:38
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


Responsável pela construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador em São Bernardo, a Construções e Incorporações CEI se envolve em mais uma polêmica. Além de ter como um dos sócios o eletricista desempregado Erisson Saroa Silva, morador de Diadema, agora há dúvidas sobre o real o endereço da construtora.

A equipe do Diário esteve ontem na sede da CEI indicado na Junta Comercial – sobrado localizado na Rua Sheldon, 23, no bairro da Lapa, na Capital – à procura de Elvio José Marusi, o outro sócio da empresa.

Além de não ter telefone fixo e site, nem de longe lembra uma empresa que tem capital de R$ 20,8 milhões, dos quais R$ 10,4 milhões em representações pertence a Erisson e o restante do montante a Elvio.

Um funcionário disse que Elvio não estava, porque ali funcionam os departamentos de contabilidade, recursos humanos e fiscalização. E que os responsáveis pela empresa ficam em outro escritório, mas relatou que não poderia informar o endereço. Na semana passada, um outro funcionário titubeou, mas reconheceu que ali era a sede da construtora.

O funcionário afirmou que desconhecia a série de reportagens publicadas pelo Diário desde domingo sobre o caso, e que também não sabia da notificação emitida pela Prefeitura de São Bernardo sobre a participação do eletricista desempregado na empresa. Ele disse que tentou contato telefônico com Elvio, mas não teve resposta. Na segunda-feira, Erisson foi procurado, mas não quis comentar o assunto. Antes, havia dito que não sabia de seu nome na sociedade da companhia.

A CEI Construções e Incorporações venceu em abril a licitação para realizar a construção do Museu do Trabalhador, um dos principais projetos do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). Segundo o petista, se a construtora não responder à notificação, encaminhará ao MP (Ministério Púbico) a documentação referente ao caso da empreiteira.

O empreendimento está orçado em R$ 18,3 milhões, dos quais R$ 14,4 milhões da União. A obra deveria ter sido entregue em janeiro, o que não aconteceu. Para disfarçar o atraso, a Prefeitura e a construtora apagaram a data de início da construção na placa indicativa da obra.

REPRESENTAÇÃO
Além do vereador Pery Cartola (Solidariedade) ter encaminhado o caso ao MP na segunda-feira, o munícipe Marcelo Sarti também protocolou pedido de apuração. “Como uma empresa sem telefone fixo pode tocar uma obra dessas?”, questionou.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;