O novo comando da provisória do DEM de Santo André foi instituído na quarta-feira e já cobra mudança de postura da bancada de vereadores em relação ao governo Carlos Grana (PT), pressionando principalmente o parlamentar Toninho de Jesus a sair da base de sustentação. Caso a determinação seja acatada na Câmara, a gestão petista corre risco de perder a governabilidade. Com a possível queda da maioria absoluta no plenário do Legislativo, o Paço teria 13 votos favoráveis do total de 21.

O presidente da executiva municipal, Fernando Marangoni, que não era filiado até então, relatou que casos de insubordinações às diretrizes locais podem ser “encaminhados ao departamento jurídico”, submetendo à análise do conselho de ética. “Assumi o partido justamente para colocar ordem na cidade, que estava sem rédeas. O (ex-comandante, Antônio) Feijó deixou a direção por saber que o plano era fazer uma intervenção, por consenso, via diretório estadual.”

Segundo Marangoni, indicado por Rodrigo Garcia – secretário de Desenvolvimento Social do governo Geraldo Alckmin (PSDB) –, a executiva paulista decidiu dissolver após o então presidente buscar aproximação política com a administração do PT. Na ocasião, houve reunião com a alta cúpula do Paço na tentativa de união e pedido de participação efetiva na Prefeitura, com abertura de cargos. “Não podíamos aceitar essa situação”, disse o dirigente.

Toninho alegou que desconhece as “novas diretrizes”. “Tivemos a reunião (na quarta-feira) e não foi falado nada sobre isso, sem qualquer deliberação. Apesar disso, apoio o governo naquilo que for bom para a cidade”, alegou, ao acrescentar que a discussão só será analisada em outubro junto com a estadual e nacional. A bancada do DEM é dividida. O vereador Evilásio Santana, o Bahia, declara ser independente.