As micro e pequenas empresas do Grande ABC tiveram, em média, crescimento real (descontada a inflação) de 10,6% no faturamento de janeiro a julho na comparação com mesmo período de 2012, aponta pesquisa do Sebrae-SP divulgada ontem. Esse desempenho é bem superior à expansão de 3,2% das companhias desses portes na média do Estado. Um dos fatores que explicam essa performance melhor dos sete municípios é a base mais fraca de comparação. Isso porque, segundo a consultora do Sebrae-SP Letícia Aguiar, depois de sentirem os efeitos da crise global de crédito – entre 2008 e 2009, quando todos os setores tiveram decréscimo nas vendas –, nos dois anos seguintes as pequenas firmas paulistas, em média, tiveram impulso de 25% na receita, enquanto a região registrou incremento de 11%.

Dessa forma, o Grande ABC, na avaliação da consultora, estaria convergindo para a recuperação já observada antes pelo restante do Estado. Ela acrescenta que os sete municípios têm se favorecido do aquecimento da produção do setor automotivo, pelo fornecimento de componentes e serviços para essa atividade. Além disso, há o efeito multiplicador da renda sobre as vendas do comércio. “Embora o consumo esteja desacelerando, permanece em alta”, disse.

 Ainda segundo o estudo, os pequenos estabelecimentos comerciais paulistas se destacam, com crescimento de 5%, em média, de janeiro a julho. Por sua vez, as fabricantes praticamente empatam em relação a 2012 (alta de 0,2% nas vendas). “A indústria ainda enfrenta problemas de competitividade (em relação aos importados)”, assinala Letícia.