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Proposta de Eder, código de ética para Fundação do ABC fica só no papel após 5 meses

Vereador de São Caetano prometeu, contudo, alavancar debate em outubro

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
09/09/2013 | 07:57
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Ricardo Trida/DGABC


Quase cinco meses depois de propor a discussão de normas éticas nos moldes da Lei da Ficha Limpa para aplicar à FUABC (Fundação do ABC), o vereador de São Caetano Eder Xavier (PCdoB) sequer iniciou o debate do tema. O comunista se comprometeu, ao lado de outros quatro parlamentares, a organizar a proposta para encaminhar para as câmaras de Santo André e São Bernardo.

A justificativa dada pelo parlamentar para o atraso é de que expor a proposta com antecedência da troca de comando da entidade implicaria em prejuízo. “Se começasse a falar disso em maio, junho ou julho eles dariam um nó no projeto. A partir de outubro eu vou retomar essa discussão com força”, declarou Eder.

Inicialmente, o comunista teria auxílio dos vereadores Pio Mielo (PT), Beto Vidoski (PSDB), Severo Neto (PSB) e Chico Bento (PP) para produzir a proposta. Parlamentar de Santo André, Almir Cicote (PSB) chegou a ser consultado sobre a iniciativa, mas o diálogo não passou disso. “Vamos nos reunir de novo. Eu também quero convocar os vereadores e pré-candidatos a deputado (estadual ou federal) do meu partido para discutir isso.”

O debate surgiu por conta do alto poderio financeiro da entidade – que é mantida por São Caetano, São Bernardo e Santo André –, com Orçamento de R$ 1,1 bilhão para este ano. O montante só não supera a receita dos Paços são-bernardense e andreense, sem contar o quadro de 12 mil funcionários.

Secretário de Governo de São Caetano e vice-presidente da FUABC, Marco Antonio Santos Silva deve ser indicado pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) para assumir o comando da entidade. Tradicionalmente o vice é escolhido para gerir a instituição no mandato seguinte. Mas o titular da Pasta responde na Justiça pelo envolvimento no caso do empreiteiro Antônio José Cressoni, suposto esquema que superfaturava obras do Palácio da Cerâmica, que ainda não foi julgado totalmente – portanto, ainda não há culpabilidade.

“Vamos perguntar para os prefeitos Carlos Grana (Santo André) e Luiz Marinho (São Bernardo) se é razoável ter na presidência pessoas que respondem por crimes. Nós queremos ética e moral na Fundação do ABC, aos moldes da Ficha Limpa. Ele (Marco Antonio) está respondendo no TJ-SP (Tribunal de Justiça)”, disse Eder.

Pio disse que está aberto à discussão sobre o assunto, mas deixou ressalvas. “Sou a favor de código de ética nos legislativos da região. A Fundação do ABC é uma entidade regional, por isso acredito que essa é uma boa pauta para ser levada ao Consórcio (Intermunicipal do Grande ABC)”, alegou.
 




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