Grupo de trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal discute viabilizar equipamentos com investimentos do governo federal
Em meio à discussão do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para viabilizar um hospital de retaguarda que sirva à região, a Prefeitura de São Caetano pleiteia que o Hospital São Caetano seja transformado no modelo.
O Consórcio vê no equipamento uma alternativa de desafogar leitos de pronto-socorros da região, uma vez que o conceito de retaguarda foca no atendimento de pacientes que necessitam de tratamentos prolongados. O projeto prevê arrecadar recursos junto às prefeituras e aos governos estadual e federal. A União seria a mantenedora financeira e o Estado seria responsável por equipar.
A sugestão do Palácio da Cerâmica é solucionar o impasse do Hospital São Caetano. Desde que foi reaberto pelo município no começo do ano passado, o prédio de sete andares com 152 leitos está subutilizado. Apenas o primeiro andar está em funcionamento com serviços simples.
O secretário de Saúde da cidade, Sallum Kalil Neto, afirmou que o local representa prejuízo para o erário e não tem condições de ampliar os serviços. “O prefeito (Paulo Pinheiro, PMDB) está negociando com o governo federal também. A (ministra de Orçamento e Planejamento) Miriam Belchior e o (ministro da Saúde, Alexandre) Padilha se mostraram interessados nessa questão. Hoje, nós não temos como manter o custo de um hospital”, frisou.
Mesmo que a investida não se concretize por meio do consórcio, o Paço já tenta convencer a União a financiar a unidade. Caso receba uma resposta negativa, vai tentar uma PPP (Parceria Público-Privada). “O prefeito quer reativar o hospital inteiro e uma PPP pode ser a saída. Só esse hospital é maior do que os nossos (municipais) quatro. Desafogaria nosso pronto-socorro e também os da região”, ressaltou.
Para viabilizar o prédio do Hospital São Caetano, a Prefeitura teria de desapropriar o local e transferir para o futuro administrador, que também precisará investir pesado para recuperar as instalações.
O coordenador do GT de Saúde, Arthur Chioro (de São Bernardo), e a vice, Lumena Furtado (Mauá), não retornaram aos contatos do Diário para comentar o caso.
DEBATE
A discussão também alcançou o Legislativo são-caetanense. O vereador José Roberto Xavier (PMDB) defendeu o modelo de PPP para recuperar o “cadáver sepulto” em referência ao hospital. Por outro lado, o petista Pio Mielo combateu o argumento ao justificar que a cidade já conta com esses serviços no setor privado. “Precisamos melhorar o atendimento para a população que não tem acesso a planos de Saúde”, pontuou.
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