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Monumento gera
confusão e Martinha
tenta apagar incêndio

Parlamentares desconheciam instalação da obra, de R$ 300 mil, no Paço e criticaram ausência de diálogo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/09/2013 | 07:16
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Orlando Filho/DGABC


O início das obras do Monumento ao Trabalhador no Paço de Santo André gerou desconforto ontem na relação entre Legislativo e governo Carlos Grana (PT). Prova disso é que Cícero Martinha (PDT), que tem status de secretário mesmo sem cargo comissionado, foi convocado às pressas para subir à tribuna e apagar o incêndio. Apesar de anúncio da instalação da escultura, em março, os vereadores desconheciam o motivo das escavações no espaço e reclamaram da falta de diálogo.

O presidente da Câmara, Donizeti Pereira (PV), sustentou que a decisão de quebrar o piso, ao lado do prédio da Casa, sem comunicar oficialmente os parlamentares, causou confusão desnecessária. Segundo o verde, uma conversa preliminar evitaria conflitos. “É importante existir harmonia no Paço.” As intervenções para acolher a obra da pintora e escultora japonesa Tomie Ohtake começaram na quarta-feira. “Quando vi (trabalho) não sabia se era da Prefeitura”, concluiu.

O Executivo é o responsável pelo Paço. O secretário de Gabinete, Tiago Nogueira (PT), fez mea culpa ao perceber a insatisfação e afirmou que a Câmara tem razão em criticar o impasse. “Falhamos em não comunicar com antecedência. Foi um descuido da nossa parte tanto referente aos vereadores quanto com o Fórum, pois, inclusive, cria incomodidade”, admitiu, ao ponderar que a obra está regularmente aprovada pelos conselhos do patrimônio histórico municipal e estadual.

Em forma de fita, o monumento, com valor de aproximadamente R$ 300 mil, terá 12 metros de altura. Martinha frisou que a obra está sendo custeada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá – o qual preside –, em parceria com outras entidades e confederações sindicais. “Compareci à sessão porque vi que não tinham informação. Vim como sindicalista”, disse, sobre a escultura que deve ser inaugurada no dia 29.

Governista, o vereador José de Araújo (PMDB) argumentou que a homenagem aos trabalhadores “é justa”, mas a maneira como o governo conduziu o processo foi errada. A cor vermelha da obra também foi questionada. “Não teve conotação política”, defendeu Martinha.
 




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