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Manifestações pacíficas marcam dia de protesto no Rio
31/08/2013 | 07:53
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Três manifestações distintas e, até o fim da noite, pacíficas e com pouco público, marcaram o dia nacional de protesto na capital fluminense nesta sexta-feira (30). Centrais sindicais reuniram na estação ferroviária da Central do Brasil, entre 15 horas e 18 horas, pouco mais de 100 pessoas para atacar, principalmente, o projeto de lei 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que libera as terceirizações.

Sindicatos de professores, com apoio do PSTU e do PCB, promoveram após as 18 horas uma passeata pela Avenida Rio Branco, com cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e seguiram até a Assembleia Legislativa (Alerj). Já cerca de 80 jovens mascarados - muitos aparentando menos de 20 anos - protagonizaram, a partir das 19 horas, uma longa e tensa caminhada, que, sob forte escolta policial, partiu da Cinelândia, foi até o Centro Administrativo São Sebastião da Prefeitura, no Estácio, e depois voltou ao Centro.

Na Central do Brasil, o vice-presidente da Força Sindical no Rio, Marco Antônio Lagos, contou que o movimento sindical se prepara para ir a Brasília, no dia 3, para acompanhar a votação do projeto de lei na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. "Estamos focando a manifestação no PL 4330", disse Lagos, contando que a ideia é os sindicalistas acamparem em frente ao Congresso, para procurar cada um dos deputados e lhes entregar uma carta contrária à proposição.

Sob vigilância de PMs, a maioria dos oradores que foi ao trio elétrico centrou os discursos no projeto, que alguns classificaram de tentativa de revogar os direitos trabalhistas. Com ironia, o autor da proposta foi chamado de "deputado da rosquinha" - ele é um dos proprietários do grupo que fabrica as Rosquinhas Mabel.

Os professores concentrados na Candelária - docentes públicos do Estado e da capital estão em greve - tinham outros focos. Eles atacaram duramente o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), pedindo que renuncie, "deixe o País e vá para Paris". Havia cartazes de critica à presidente Dilma Rousseff.

Eles também foram seguidos por policiais militares. Caminharam até a Cinelândia, mas já a encontraram ocupada pelos jovens mascarados, alguns com equipamento contra gás, e dali desviaram para a Alerj, evitando o encontro. Em recente manifestação, professores grevistas protestaram contra a adesão de jovens com rostos cobertos e chegaram a bater boca com alguns deles.

Já os mascarados se concentraram a partir das 18 horas nas escadarias da Câmara dos Vereadores. Era o "Ato independente do ato das centrais pelegas", convocado pela internet por uma "Frente Independente Popular". Não houve, porém, discursos, nem faixas.

Às 19 horas, aos gritos de "uh, uh, uh" começaram a caminhar - alguns corriam - pelo centro. Seguiram pela contramão na Rio Branco e Avenida Presidente Vargas, às vezes se sentavam ou se deitavam nos cruzamentos ou se aglomeravam em torno de PMs que os revistavam. O forte esquema policial os seguiu de perto, mas não nitidamente evitou intervir com violência. Por volta de 22h, os manifestantes se dispersaram na Lapa, sem registro de protestos violentos.




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