O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, defendeu nesta segunda-feira a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em uma tentativa de consolidar o apoio eleitoral dos conservadores do Partido Republicano visando as eleições legislativas de novembro.

Diante de um debate dominado por temas como a guerra no Iraque, Bush defendeu uma emenda constitucional que defina explicitamente o matrimônio como uma união apenas entre um homem e uma mulher.

"Peço ao Congresso que aprove esta emenda e a envie aos Estados para sua ratificação para podermos (...) colocar este assunto nas mãos do povo americano", disse Bush em um discurso na Casa Branca.

O presidente citou novamente o que chama de "juízes ativistas", que rejeitam a lei limitando o matrimônio à união entre um homem e uma mulher nos Estados de Washington, Califórnia, Maryland, Nova York e Nebraska.

"É um tema importante para nosso país que vamos debater e resolver. A melhor forma de resolver este assunto é com uma emenda constitucional, que eu apóio firmemente".

As emendas constitucionais exigem o apoio de dois terços do Congresso e de três quartos dos 38 Estados americanos, algo que o governo Bush não tem.

Com o péssimo índice de aprovação de Bush, os especialistas estimam que os republicanos precisam de todo o apoio dos setores mais conservadores para evitar uma grande derrota nas legislativas de novembro.