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Hamas disposto a prosseguir diálogo com Fatah
Da AFP
05/06/2006 | 21:21
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O movimento islâmico Hamas afirmou nesta segunda-feira que está disposto a prosseguir com o diálogo com o Fatah para atingir um acordo nacional, após o fracasso das discussões entre os movimentos palestinos visando uma saída para a crise político-financeira.

"Pedimos a todos os irmãos das facções que abandonem a idéia de que o diálogo fracassou. Ainda há muito tempo para retomar um diálogo sério e obter um acordo nacional", afirmou Khalil al-Haya, um dos dirigentes do grupo radical.

"Nós, o Hamas, esperamos alcançar um acordo para tirar o povo palestino da crise".

O encontro de hoje discutiu a iniciativa elaborada pelos dirigentes dos diferentes grupos palestinos presos em Israel -conhecida como "documento dos prisioneiros"- que propõe o fim dos atentados no território israelense e o reconhecimento do Estado hebreu.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, deu ao Hamas um prazo de dez dias para aceitar este "documento dos prisioneiros". Se isto não ocorrer, será convocado um referendo popular no prazo de 40 dias.

"A iniciativa dos prisioneiros é uma base sólida para retomar o diálogo. Existem numerosas divergências em vários temas, mas podemos discuti-las", declarou al-Haya.

Antes do encontro, Abbas tinha destacado que "o referendo não é um fim em si mesmo, mas um meio. As discussões continuam (...) mas se fracassarmos, não teremos outra opção que consultar o povo".

O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que a convocação do referendo é uma "manobra" para tirar "legitimidade" do governo formado pelo grupo radical palestino, que venceu as eleições de janeiro passado.

"Queremos que o diálogo tenha resultado, mas várias partes querem que fracasse. Existem divergências políticas (entre Hamas e Fatah) há dezenas de anos, e não podemos resolver isto em dez dias. Não podemos conseguir isto sob a pressão de um referendo".




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