Acusado de estuprar 19 mulheres entre agosto de 2000 e julho de 2003 em Madri (ESP), o brasileiro Juvenilson Dias da Silva admitiu, nesta segunda-feira, os crimes e aceitou a pena máxima estipulada pelas autoridades espanholas, que supera os 300 anos de prisão.

Durante o julgamento na Audiência Provincial de Madri, Juvenilson Dias da Silva disse que estava "completamente arrependido" e afirmou que buscará ajuda na prisão "para melhorar como pessoa".

Juvenilson também foi acusado por oito delitos de roubo com violência e cinco lesões. Ele abordava suas vítimas da mesma maneira: armado com um faca, sempre escolhia suas vítimas em alguma via pública e as levava para algum lugar afastado, onde as obrigava a tirar a roupa e as violentava, com a faca no pescoço. Depois, ameaçava matá-las se gritassem enquanto ele fugia. Roubou o dinheiro de oito das vítimas, a bolsa e alguns pertences pessoais.

O promotor solicitou 322 anos de prisão e mais de 400 mil euros de indenização. Apesar de o acusado ter assumido a culpa, o promotor estima que é "clara e manifesta" a gravidade e a reiteração dos fatos, por isso solicitou que a aplicação de possíveis benefícios penitenciários leve em conta a totalidade da pena imposta e não o máximo de 20 anos que o Código Penal estipula.