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CPI dos Bingos acaba nesta 3ª com depoimento de ex-guarda-costas
05/06/2006 | 23:35
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A CPI dos Bingos encerra nesta terça-feira os trabalhos com o depoimento do ex-segurança Joacir das Neves, que fala sobre o suposto envolvimento de integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Como guarda-costas do então suposto chefe do crime organizado de Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, Neves disse ter acompanhado supostas “personalidades” do PT no crime contra Daniel. O ex-segurança foi ouvido pelo Ministério Público e não apresentou provas.

O relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), desistiu de apresentar, no relatório final, uma proposta de regulamentação das casas de bingos.

Alves disse que foi “aconselhado” a não tratar do assunto com tanto detalhe. Muitos integrantes da CPI são contra a regulamentação do jogo.

Ele desistiu também de propor a realização de um referendo sobre a legalização dos bingos. Alves enviará para a Comissão de Turismo o resultado de uma pesquisa de opinião feita pelo Senado, em maio, com 1.072 entrevistados, ouvidos por telefone.

Na semana passada, o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), recebeu um abaixo-assinado pedindo a regulamentação dos bingos, com mais de 500 mil assinaturas, segundo representantes da Comissão Nacional de Trabalhadores em Bingos e da Associação Brasileira de Loterias Estaduais que foram ao Senado.

Alves deve pedir o indiciamento de cerca de 70 acusados investigados pela CPI no parecer final. Entre eles, estão o ex- ministro da Fazenda Antonio Palocci, o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso. É certo que a administração federal fará o que estiver ao alcance para impedir a aprovação do relatório.

A CPI iniciou as atividades em julho. Desde então, foi boicotada por bancos, pelas operadoras de telefone, que não forneceram informações de sigilos quebrado em dezembro e até mesmo pelas liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) proibindo o uso de dados sigilosos de investigados. Mesmo assim, incomodou e muito ao Executivo, a ponto de obrigar os aliados a marcar ponto nas audiências para defender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, e outros petistas de peso.                                         




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