Política Titulo Diadema
Líder do governo afirma que CPI da Saned não será feita a ‘toque de caixa’

José Dourado diz que discussões para montagem do grupo de investigação são naturais

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/08/2013 | 07:00
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Líder do governo Lauro Michels (PV) na Câmara de Diadema, José Dourado (PSDB) afirmou que a montagem da CPI da Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema) não será “feita a toque de caixa”. “Não vejo motivo para essa sangria desatada para a indicação de todo mundo.”

Vereador de quatro mandatos, Dourado disse que nunca viu uma CPI “ser montada do dia para a noite” no Legislativo, principalmente porque todos os partidos com direito à indicação discutem à exaustão quais nomes vão compor a comissão de apuração da Casa. “Esse debate é natural.”

Na terça-feira, representantes de PV, PSB, PSDB, PR e PT – todos que vão apresentar nomes para composição da CPI da Saned – se reuniram e, com exceção dos tucanos, as siglas governistas adiaram anúncio do vereador que vai avaliar o rombo de R$ 1 bilhão que a Saned tem com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

“CPI não tem prazo, por isso estamos tranquilos para o início dos trabalhos. Temos tempo para decidir quem vai fazer parte dela e mais tempo para ouvir todos os envolvidos no caso”, minimizou Dourado, que negou que Lauro tenha influência na demora para montagem da comissão. “Ele sequer tocou no assunto.”

Um dos embates internos na articulação da CPI da Saned é com relação à relatoria do grupo. O PT indicou Josa Queiroz como representante do partido e afirmou que não vai abrir mão de o petista ser o relator da comissão especial. Governistas, porém, querem emplacar aliados no posto.

Dourado confirmou que se não houver acordo na relatoria o posto será definido por meio de votos dos cinco integrantes da CPI. Segundo o tucano, Célio Boi (PSB) manifestou desejo de ocupar a vaga de maior destaque no grupo, atrás somente da presidência, já designada para Atevaldo Leitão (PSDB).

Petistas querem a relatoria para suavizar o impacto da apuração em cima de nomes do partido que comandaram a Saned, como do ex-prefeito Mário Reali (PT) e do ex-homem-forte do Paço Walter Rasmussen.

Pelo lado da administração, a tentativa é blindar o chefe de Gabinete e sogro do prefeito, Francisco José Rocha, acusado por petistas de, quando secretário de Finanças de Gilson Menezes (PSB), interromper pagamento da rescisão contratual que estava acordada com a Sabesp.




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