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Audiência confirma que dinamarqueses abusaram de presos iraquianos
Da AFP
05/08/2004 | 21:42
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O Ministério da Defesa da Dinamarca anunciou nesta quinta-feira que alguns iraquianos capturados pelas forças dinamarquesas no Iraque foram vítimas de abusos. O órgão já investigava as supostas torturas praticadas por seus soldados contra presos iraquianos.

Os inspetores do Ministério da Defesa resolveram divulgar parcialmente os resultados de sua investigação depois de uma oficial dos serviços secretos envolvida no caso, Annemette Holm, ter desmentido os fatos em vários meios de comunicação.

"Esse caso inclui quatro interrogatórios de iraquianos detidos em Camp Eden, na região de Basra, entre março e junho de 2003. Eles foram obrigados a permanecer em posições dolorosas", destacou a comissão de investigação do Ministério.

"Não há motivos para pensar que os prisioneiros tenham sido espancados ou maltratados. No entanto, teriam sido humilhados verbalmente, de uma forma particularmente forte para os muçulmanos", diz o comunicado. "Também lhes foram negados em certas ocasiões comida, água ou a possibilidade de ir ao banheiro durante esses interrogatórios", acrescenta a comissão.

A comissão suspeita que "o comando do batalhão dinamarquês apoiou essas técnicas de interrogatório e não agiu ou ordenou uma investigação à respeito".

Um membro do corpo de audiência, Peter Okten, declarou por sua vez que Annemette Holm havia sido acusada de faltar a seu dever, o que pode levar a uma pena de prisão de até três anos.

O ministro da Defesa, Soeren Gade, ordenou nesta terça-feira o retorno do comandante do contingente dinamarquês no Iraque, Henrik Flach, e de três oficiais superiores.

Flach declarou nesta quinta-feira à rede de televisão nacional TV2 que "Holm ultrapassou os limites em seus métodos de interrogatório", destacando entretanto: "estamos longe dos abusos infligidos pelos soldados americanos a prisioneiros iraquianos no complexo penitenciário de Abu Ghraib".




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