O retorno das atividades na Câmara de São Bernardo seguirá a média do primeiro semestre, sem nenhum projeto relevante em pauta.

O único item na ordem do dia que deve ir a plenário é o veto do prefeito, Luiz Marinho (PT), ao projeto de Rafael Demarchi (PSD), que sugere a instalação de placas com os dizeres “São Bernardo do Campo é do senhor Jesus” nas principais vias de acesso do município. A propositura foi aprovada na última sessão antes do recesso.

Marinho justificou que recusou a proposta do aliado porque além de inconstitucional – pois gera gastos ao Executivo –, poderia criar atrito com outros grupos religiosos. A matéria repercutiu negativamente para Rafael, que exerce o primeiro mandato de vereador. As manifestações de repúdio nas redes sociais foram tantas que o parlamentar teve de se explicar aos internautas.

Frequentador da igreja Bola de Neve, o pessedista é sobrinho do ex-prefeito Walter Demarchi (PTB), proprietário de um dos restaurantes mais renomados da cidade, localizado na Rota do Frango com Polenta.

A família Demarchi foi proprietária de restaurante em Itupeva, no interior do Estado. Na entrada da cidade há uma placa com a mesma mensagem que o parlamentar tentou emplacar em São Bernardo. Há a mesma inscrição na chegada a outras cidades paulistas.

CONSELHO TUTELAR

Havia expectativa de que o Executivo encaminhasse à Câmara projeto que assegura direitos trabalhistas aos conselheiros tutelares, o que não aconteceu.

A medida visa adequar São Bernardo à lei federal 12.696, sancionada em julho de 2012, que concede aos conselheiros cobertura previdenciária, férias remuneradas, licença-maternidade, licença-paternidade e 13° salário.