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Congressistas americanos aumentam ataques a Chávez
Da AFP
21/06/2006 | 18:44
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Congressistas americanos aumentaram nesta quarta-feira os ataques ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em audiência na Câmara dos Representantes, acusaram-no de representar uma ameaça à democracia na América Latina, e chamaram-no de "ditador com dólares".

A audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, que deveria ter se concentrado nos "sucessos, desafios e no futuro da democracia na América Latina", foi dominada pelo tema Venezuela e sua ingerência no processo eleitoral de outros países.

"Estou preocupado principalmente com o atual ataque à democracia na América Latina", afirmou o representante republicano Jerry Weller, de Illinois, antes de denunciar a ingerência de Chávez por meio do financiamento de candidatos à Presidência de outros países.

"Na Venezuela, temos um presidente populista", lamentou o republicano Dan Burton, de Indiana, numa audiência em que os ataques à Venezuela foram mais numerosos do que em ocasiões anteriores. "Disseram-nos que ele enviou dinheiro e matéria-prima a outros países, para candidatos populistas ou esquerdistas em campanha eleitoral", comentou o influente congressista.

Do lado democrata, tampouco faltaram críticas a Chávez: "Em Bolívia, Peru, México e Nicarágua, Chávez fez campanha abertamente e financiou candidatos que, acredita, irão se somar a sua aliança com o ditador cubano, Fidel Castro", afirmou o californiano Tom Santos.

"Para garantir que os presidentes latino-americanos eleitos recentemente, ou prestes a serem eleitos, não sejam pressionados a aceitar promessas de petróleo feitas por ditadores com dólares, temos que voltar a nos comprometer com a região", assinalou Santos.

O republicano Dana Rohrabacher, da Califórnia, somou-se às críticas e denunciou os laços entre Venezuela e China, "o maior violador de direitos humanos do mundo". "As alianças de Pequim com Chávez, Fidel e Panamá não fazem um favor à causa da democracia e representam uma ameaça para os Estados Unidos", afirmou o representante.

Poucos congressistas saíram em defesa do presidente venezuelano, entre eles o democrata de Nova York Gregory Meeks. Ele lembrou que Chávez foi vítima de um golpe de Estado em 11 de abril de 2002. "O inimigo somos nós mesmos", afirmou, antes de insistir na necessidade de lutar contra a pobreza na região. "A pobreza é o parasita da democracia", assinalou.




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