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PPS ainda
sonha filiar o
tucano José Serra

Sigla quer filiação do ex-governador tucano para lançá-lo candidato a presidente em 2014

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
05/08/2013 | 07:57
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Ricardo Trida/DGABC


A desistência do PMN em realizar fusão com o PPS, para o surgimento da MD (Mobilização Democrática), não tirou dos popular-socialistas o desejo de disputar a Presidência da República em 2014. Para isso, a sigla pretende ainda atrair o ex-governador José Serra (PSDB).

A princípio, o surgimento da nova legenda seria o atrativo para Serra deixar o ninho tucano. Mesmo assim, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, segue articulação para contar com Serra nos quadros do partido.

Sem espaço no PSDB, que caminha para oficializar a candidatura do senador Aécio Neves ao Palácio do Planalto, Serra encontraria no PPS o caminho para voltar a disputar o cargo político mais importante da Nação.

A movimentação das principais legendas de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) começa a dar o tom da disputa presidencial do ano que vem. O reflexo das recentes manifestações pelas ruas do Brasil, que têm derrubado a popularidade da petista, favorece o possível retorno eleitoral de Serra.

Ser lançado candidato à presidência pelo PPS é encarado, nos bastidores, como uma resposta de Serra à alta cúpula do PSDB, que demonstra maior adesão ao projeto político de Aécio, ao invés de contribuir com o ex-comandante do Estado mais rico do País. Agora, resta a Serra optar por trocar de sigla ou seguir no tucanato sob a perspectiva de ser coadjuvante no pleito.

Entre os caciques do PPS, a possibilidade de agregar Serra é vista com bons olhos. Além de movimentar o ambiente político, o tucano ainda contém prestígio das classes mais abastadas, insatisfeitas com os dez anos de hegemonia petista no governo federal. Faltando menos de um ano para o início da disputa presidencial, Serra segue conceituado pela oposição.

PLANO ANTIPT
Para combater a euforia resultante dos programas assistencias do PT, os partidos de oposição à Dilma estão atentos ao julgamento do Mensalão – esquema de corrupção no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, que será retomado no dia 14.

A expectativa é de que a pressão popular tenha influência na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). As sentenças foram questionadas pelos 25 réus condenados, que pedem redução de pena ou absolvição, e substituição do ministro Joaquim Barbosa da relatoria do processo.

Em meio a esse turbilhão político, Serra tem até outubro para definir se troca de legenda ou se continua dentro do ninho tucano. A definição do ex-ministro da Saúde é considerada preponderante nas estratégias que serão aplicadas para a consolidação do cenário político para a corrida presidencial.
 




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