A Câmara de Ribeirão Pires irá desembolsar R$ 224 mil para comprar oito carros que serão utilizados pelos vereadores. Desde o começo deste ano os parlamentares utilizavam os próprios veículos para atender as demandas dos munícipes.

O resultado da licitação estava programado para ser publicado hoje no Diário Oficial do Estado. A Ford venceu o certame por oferecer o menor preço entre todas as concorrentes. A Casa pagará R$ 28 mil por cada Fiesta Hatch 1.0 com quatro portas, ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica. A montadora pediu prazo de 20 dias para entregar os carros ao Legislativo.

A frota da Câmara atualmente é composta por três veículos, sendo um da presidência e dois do administrativo. “A mesa diretora trabalhou para essa compra. Os outros vereadores também economizaram e colaboraram. O preço obtido me deixou satisfeito. Os veículos vão facilitar o trabalho de todo mundo”, avaliou o presidente do Legislativo, Edson Savietto, o Banha (PDT).

O setor financeiro da Câmara justificou que a queda na arrecadação da Prefeitura influenciou diretamente nos cofres públicos da Casa, o que ocasionou a demora da aquisição. Para cumprir determinação da Constituição Federal, o Legislativo deve receber até 6% da receita líquida do município. O Orçamento da Casa previsto para este ano é de R$ 7,8 milhões, valor que não deve ser atingido.

Até o ano passado, havia um contrato de locação para dez veículos Fiat Uno Mille. Banha avaliou que o contrato não era vantajoso e cancelou o acordo. Mensalmente, o aluguel dos carros custava R$ 10,8 mil. Após o encerramento da prestação de serviço, os parlamentares ficaram sem veículo oficial.

O Orçamento apertado do Legislativo possibilitou a compra de apenas oito automóveis, ou seja, um carro para dois vereadores. “Não espero ser obrigado a fazer sorteio. Quero que todo mundo chegue a um consenso sobre a divisão”, declarou o presidente. A reunião para definir o uso dos veículos deve ocorrer na quarta-feira, antes da primeira sessão do semestre.

COMBUSTÍVEL

A questão da gasolina também deve ser pauta no encontro. O presidente realizou licitação para fornecimento de combustível, mas ainda não sabe como fará a divisão entre os colegas. Os parlamentares tinham direito a 200 litros por mês. “Não sei como vou proceder neste caso. A princípio, quero deixar 200 litros por carro e não mais por vereador.”

Nas legislaturas anteriores, a gasolina era paga juntamente com a verba de gabinete. Porém, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou que o pagamento do aporte era ilegal e a Câmara foi obrigada a extinguir a transferência.

Por conta disso, a Casa abre licitação para contratar posto que realize o fornecimento. O gasto mensal na cota de 200 litros por gabinete gira em torno de R$ 20 mil mensais.