Economia Titulo Alta de 14%
Brasileiro realiza
2,13 bilhões de
operações com cartão

Dados do 1º trimestre mostram ainda que volume de transações foi responsável por movimentar R$ 189 bi

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
30/07/2013 | 07:20
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Divulgação


Os brasileiros estão utilizando bem mais os meios de pagamentos com cartões do que no ano passado. Para ter noção, realizaram 2,13 bilhões de transações com os plásticos entre janeiro e março. Esse número representa expansão da ordem de 14% em relação ao mesmo período de 2012.

Segundo levantamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o País movimentou R$ 189,43 bilhões com as tarjetas de débito e crédito nos primeiros três meses de 2013. Em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, houve crescimento de 16,9% no valor.

Para o presidente da entidade, Marcelo Noronha, a comodidade proporcionada pelos plásticos assegura a expansão. “O consumidor brasileiro tem mudado o seu hábito e usado mais o cartão em vez de cheque e dinheiro, justamente porque o considera mais prático, conveniente e seguro”, avaliou por meio de nota.

Esse crescimento geral é resultado de alta de 14,8% no volume gasto por meio de cartões de crédito, cujo valor atingiu R$ 123,6 bilhões. Com 1,05 bilhão de transações, o meio de pagamento avançou 12,6% ante o mesmo período do ano anterior.

Com mais operações, cerca de 1,09 bilhão, e alta de 15,2% sobre o primeiro trimestre do ano anterior, os cartões de débitos, nas mãos dos brasileiros, pagaram R$ 65,8 bilhões com o plástico, com expansão de 21,2%.

Para o professor de Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas) Fábio Gallo Garcia, o resultado em relação ao débito é positivo. “É só uma transformação do meio de pagamento. Você deixa os cheques e o dinheiro de lado, por questão de segurança e comodidade até, e usa uma moeda eletrônica”, disse o presidente da entidade.

Por outro lado, o especialista aponta certa preocupação em relação ao aumento da utilização do plástico para crédito. “O brasileiro, de forma geral, não tem controle orçamentário”, destacou. De acordo com Gallo, o descontrole pode levar várias pessoas ao consumo desenfreado e a realizar gastos além do que o rendimento mensal pode liquidar.

Desta maneira, um dos principais vilões do bolso dos consumidores passa a ganhar força. A inadimplência para as famílias tem tudo para aumentar.

O calote tem como principal impacto direto o aumento das taxas de juros. Um dos pilares para a composição do custo do dinheiro emprestado, ou dos pagamentos parcelados e financiamentos, é a previsão de quantas pessoas não conseguirão honrar suas dívidas no futuro. Assim, os credores distribuem esse risco para todos aqueles que usam o crédito.

ROTATIVO - Gallo destacou ainda que a utilização do cartão de crédito é viável enquanto o consumidor gaste apenas o que pode pagar. “É proibitivo você querer usar o rotativo”, pontuou, fazendo referência às altas taxas de juros da modalidade.
 




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