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Diadema vive
3º turno entre
Lauro e PT

Eleição de Conselho de Habitação expõe disputa entre oposição e governistas em área de atuação política

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
21/07/2013 | 07:54
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Tiago Silva/DGABC


 Diadema vivenciará hoje o terceiro turno da eleição do ano passado, polarizada entre o governo de 30 anos do PT na cidade e um vereador do PV moldado no tucanato. O pleito para escolha de cinco conselheiros do Fumapis (Fundo Municipal de Apoio à Habitação de Interesse Social) será protagonizado por candidatos com apoio de vereadores petistas e postulantes com endosso do governo de Lauro Michels (PV).

Criado em 1990, o Fumapis tem grande influência política na cidade por opinar diretamente nos projetos habitacionais, embora o conselheiro não receba remuneração por seu trabalho. Diadema é um município com muitas favelas e núcleos habitacionais, e associações ligadas ao setor têm peso determinante na eleição de prefeito e vereador.

Dos dez candidatos na eleição do conselho do Fumapis, pelo menos metade tem políticos da cidade como padrinhos. Entre os favoritos estão Salete Henrique de Oliveira, assessora do vereador Ronaldo Lacerda (PT), e Elivania Ferreira da Silva, que atua no gabinete de José Dourado (PSDB).

Oriundo do movimento de moradia e conselheiro do fundo por dois mandatos, Lacerda reclamou da postura da administração de Lauro. Segundo o petista, a gestão já tem direito a indicar cinco representantes do Paço para o grupo do Fumapis e, mesmo assim, tem utilizado a máquina em favor de Elivania para ter maioria absoluta no bloco que define os rumos da política habitacional do município.

“Sem dúvida é o terceiro turno (da eleição do ano passado). Será outra disputa entre PV e PT”, admitiu o parlamentar. Lacerda reconheceu que o PT também se movimenta para emplacar o maior número de representantes no conselho. Uma mostra da articulação foi a colocação do número 13 na chapa de Salete, para que os munícipes aptos a votar associem a candidata aos petistas. “A Elivania, por sua vez, tem o número 43 (legenda do PV)”, salientou o vereador.

Nas gestões do PT, o bloco do Fumapis era dominado por petistas. Além da indicação de aliados dos governos do petismo na cota do governo, boa parte dos eleitos tinha atuação política no PT.

Secretário de Habitação, Eduardo Monteiro não atendeu aos pedidos de entrevista. Ele será presidente do conselho do Fumapis.

 

METODOLOGIA

O conselho do Fumapis é formado por 11 integrantes, sendo cinco eleitos pelos munícipes, outros cinco indicados pelo governo e um apresentado pela Câmara.

Tem direito a voto apenas os moradores maiores de 16 anos que residem nos 220 núcleos habitacionais ou empreendimentos habitacionais de interesse social e sem teto.

São 13 escolas abertas para votação, separadas nas quatro regiões da cidade – Norte, Sul, Leste e Oeste – a partir das 9h. A votação termina às 16h e, uma hora depois, tem início a apuração, na Câmara.

Será eleito um representante de cada região e o bairro que contabilizar o maior número de votos ganha direito a eleger um segundo integrante.




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