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Cerca de 2.200 jovens da
região vão à JMJ ver o papa

Peregrinos do Grande ABC começam a viajar para
o Rio de Janeiro nesta sexta; evento começa dia 23

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
19/07/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Os jovens católicos do Grande ABC estão de malas prontas para o Rio de Janeiro, onde irão de encontro ao papa Francisco na JMJ (Jornada Mundial da Juventude), que ocorre de 23 a 28 de julho. Segundo a Diocese de Santo André, que responde pelas sete cidades, aproximadamente 2.200 peregrinos da região estão inscritos para participar do evento.

Ontem, o bispo diocesano dom Nelson Westrupp celebrou catequese no Parque da Juventude de São Bernardo, no Centro, para os jovens que vão à jornada. O ato simbolizou o fim da Semana Missionária, que serviu como preparação da juventude peregrina para a recepção do santo padre no Rio de Janeiro.

“Desta vez, a preparação para a JMJ não é feita diretamente no local onde acontecerá o evento, mas em todas as dioceses do Brasil. A semana foi proveitosa para aprofundar alguns temas relativos à vivência da juventude atual e à evangelização dos mais novos, além da participação deles na sociedade”, explicou dom Nelson.

Durante os últimos sete dias, as paróquias da região acolheram cerca de 800 jovens vindos da França, Itália, Indonésia, Estados Unidos, Equador, Argentina, Bolívia e Venezuela, que vão participar da JMJ. “Nesta semana, além de participar de eventos religiosos, eles estão visitando obras sociais organizadas pela Igreja. Assim, os estrangeiros vão conhecer a cultura local de cada diocese e os municípios que estão acolhendo esses peregrinos estrangeiros”, comentou o líder católico da região.

No evento de ontem, as frases ditas por dom Nelson foram traduzidas para quatro idiomas: francês, inglês, italiano e espanhol. Dessa forma, todos os fiéis conseguiram entender a celebração feita pelo bispo.

A estudante Alisson Vera, 13 anos, que veio de Santo Domingo, no Equador, está hospedada na casa de uma família em Santo André e participou do ato. “Queria conhecer como é o Brasil e sua gente, que é muito bonita, acolhedora e divertida. Está sendo uma experiência muito bela pelas pessoas que conheci aqui.”

A estrangeira está ansiosa para a chegada ao Rio de Janeiro. “A JMJ serve para conhecer mais sobre Deus e trocar experiências com jovens que possuem a mesma crença que eu”, comentou Alisson.

EXPECTATIVA

A juventude peregrina do Grande ABC começa a se deslocar para a capital carioca hoje. A previsão é de que até domingo todos os jovens tenham chegado ao Campus Fidei (Campo da Fé), onde ocorrerá o evento. “A expectativa é enorme, principalmente para ver o novo papa de perto. Busquei alguns estrangeiros no aeroporto e o sentimento que estou é de união e fraternidade. Todos querem compartilhar suas experiências de fé, independente do local de origem”, disse o seminarista Guilherme de Melo Sanches, 24.

Dom Nelson acredita que o perfil popular do novo líder religioso é o que impulsiona os jovens fiéis. “Muitos se inscreveram justamente porque se trata de Francisco. Eles estão ansiosos para conhecê-lo. É um papa diferente, que evita toda formalidade e cerimônia para sentir o que o povo sente”, definiu.

 
 

Forças Armadas blindam ‘Campo da Fé’

Para impedir protestos que atrapalhem as atividades religiosas dentro do Campus Fidei, onde deverão se reunir 1,5 milhão de peregrinos nos dias 27 e 28, os dois últimos da JMJ, as Forças Armadas montarão barreiras em raio de quatro quilômetros do terreno, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Não está prevista revista generalizada, mas grupos considerados suspeitos serão vetados, assim como pessoas usando máscaras, como tem sido visto em manifestações no último mês na cidade.

De acordo com o general de divisão José Alberto da Costa Abreu, do Centro de Coordenação de Defesa de Área do Rio, a segurança no Campus Fidei e entorno ficará a cargo de 7.000 militares do Exército e da Marinha. Somente os soldados da parte externa terão armas letais e não letais.

No palco onde o papa Francisco falará aos fiéis, no qual também estará a presidente Dilma Rousseff (PT), 400 policiais trabalharão de terno.

“Já estávamos trabalhando com a possibilidade de haver movimentos contestadores. Fomos surpreendidos com os protestos na Copa das Confederações, ninguém esperava. É claro que não vamos chegar com munição letal ou não letal num ambiente de 1,5 milhão de pessoas", garantiu Abreu.

A Operação Papa contará com 13.700 agentes de segurança, entre militares, policiais e demais órgãos de segurança e da ordem pública. (da AE) 




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