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'O Concurso' traz
uma comédia de
tipos brasileiros

Humor simples e típico de piadas regionais marcam as risadas prometidas por 'O Concurso'

Luís Felipe Soares
do Diário do Grande ABC
19/07/2013 | 07:30
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Divulgação


Comuns em diversas piadas, os estereótipos continuam a render bizarras histórias. Algumas figuras conhecidas do imaginário nacional alimentam os momentos cômicos de 'O Concurso'. O longa-metragem aposta em história na qual diferentes tipos se veem obrigados a se reunir diante do sonho brasileiro em conseguir um emprego público. Ao brincar com as aspirações ao cargo mais cobiçado do País, o filme tenta tornar o medo pessoal dos protagonistas em momentos cômicos.

Dois dias antes da derradeira prova oral que irá escolher quem será o próximo juiz federal, os finalistas se encontram no Rio de Janeiro. Cada um representa diferentes regiões e estilos. Enquanto o malandro advogado local Caio (Danton Mello) espera ganhar muito dinheiro, o tímido paulista Bernardo (Rodrigo Pandolfo) conta com o resultado para coroar seus anos de estudo no Interior. O time também conta com o religioso cearense Freitas (Anderson Di Rizzi) e o confiante gaúcho Rogério Carlos (Fábio Porchat). O que seria um tempo para se concentrarem nas questões da prova acaba se tornando uma bizarra desventura pela Cidade Maravilhosa em busca do gabarito da avaliação.

O título marca a estreia no cinema do diretor Pedro Vasconcelos (que despontou como ator no início dos anos 1990 e hoje conta com segura carreira no comando de peças e alguns programas na Globo).

A trama flerta com o enredo da comédia norte-americana 'Se Beber, Não Case!', levando personagens aparentemente comuns a situações inusitadas enquanto esperavam apenas ter mais um dia pela frente. Até mesmo o fato de serem enganados e drogados parece ser referência à obra de Todd Phillips. O toque brasileiro na ideia leva o quarteto a subir os morros cariocas, negociar com um chefão local que é um anão e enfrentar a ninfomaníaca Martinha Pinel (participação especial de Sabrina Sato em seu début nas telonas). “Os filmes são diferentes, mas são primos”, afirma Vasconcelos sobre a comparação.

Consciente de sua limitação, o roteiro de 'O Concurso' não busca conclusões mirabolantes para as confusões ou revelar figuras complexas. As piadas ocorrem de maneira natural na medida em que os protagonistas vão assumindo seu destino, seja no caso de aceitar sua sexualidade ou perceber que o outro pode precisar de mais ajuda do que você. A presença de personalidades altamente populares, casos de Porchat e Sabrina, e a fórmula fácil devem garantir outro sucesso nacional.




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