Márcio Bernardes Titulo
Bambambã de tudo

Qualquer tipo de avaliação sobre a 29ª Olimpíada da Era Moderna vai concluir que os chineses fizeram o maior evento de todos os tempos

Especial para o Diário
25/08/2008 | 00:00
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Qualquer tipo de avaliação sobre a 29ª Olimpíada da Era Moderna vai concluir que os chineses fizeram o maior evento de todos os tempos. Foram 31 modalidades, 10.500 atletas de 205 países, 20 mil jornalistas dos cinco continentes credenciados oficialmente. Além de 2.000 profissionais de imprensa que, por não conseguirem a autorização oficial, fizeram uma cobertura alternativa.

A China recebeu mais de 500 mil turistas e mostrou ao mundo que está pronta para comandar a economia global. O país com as maiores dimensões geográficas e o de maior população continua crescendo com números impressionantes para qualquer tipo de padrão econômico no planeta.

Nunca uma abertura olímpica recebeu tantos chefes de Estado, governo, reis, princesas e congêneres; foram 108 no total. Os números não são confiáveis, mas comenta-se que o governo chinês investiu cerca de US$ 40 bilhões em obras de estádios, ginásios e melhorias urbanas.

As competições mostraram a façanha de Michael Phelps, os recordes de Usain Bolt, o Dream Team, os atletas espetaculares e equipes maravilhosas.

No futuro, a história das olimpíadas será escrita tendo 2008 como ponto central. Tudo deve ser contado, avaliado e comentado antes da China e depois da China. Pequim fez a maior Olimpíada de todos os tempos.

Frases

"Ainda transformaremos a natação brasileira em nível de Primeiro Mundo."
Coaracy Nunes, o sempre sorridente e otimista presidente da CBDA.

"Eu amo esse grupo, mas não tem jeito; acabou um ciclo."
André Heller, jogador da Seleção Brasileira de Vôlei.

Exemplar
A festa de encerramento da Olimpíada teve a mesma beleza coreográfica da abertura. O trabalho foi muito elogiado e coroou tudo aquilo que os chineses esperavam mostrar para o mundo. Londres já disse que vai tentar em 2012, pelo menos, manter a organização e o alto nível de Pequim.

Doping
O COI vai divulgar o balanço oficial dos casos de doping. Confirmados, tivemos seis problemas. Mas os exames restantes não são ainda conclusivos. E têm a necessidade da contraprova. A previsão de Eduardo de Rose, médico gaúcho e grande especialista na matéria, de no máximo cinco casos, já excedeu.

Evolução?
Carlos Arthur Nuzman recebeu a imprensa domingo e fez um balanço sobre os resultados da delegação brasileira. Apesar de o País não ter conquistado o mesmo número de medalhas de ouro de Atenas, o presidente do COB encontrou motivos para afirmar que houve evolução. Onde, por exemplo?

Taxímetro
Um jornalista brasileiro reclamava sobre o único ponto problemático, na opinião dele, desta Olimpíada: os taxistas. Sem demonstrar desonestidade e com boa vontade, eles são confusos, aceitam o caminho com o endereço escrito em mandarim, mas se perdem no trânsito e fazem grandes confusões.

Toque Final
Mais do que a derrota para os Estados Unidos na disputa do ouro, agora feridas serão expostas e poderão culminar até com a saída de Bernardinho. O trabalho desenvolvido nos últimos sete anos está terminando com títulos. São cinco na Liga Mundial e o ouro de Atenas. É justamente isso. Enquanto se conquista objetivos, os problemas são encobertos e maquiados.

Uma vez, Ary Graça teria dito para um interlocutor que foi reclamar de algumas atitudes de Bernardinho, que o técnico, naquele momento, era mais forte do que ele, presidente da Confederação Brasileira.

Várias coisas aconteceram nos bastidores que ninguém divulgou ou teve interesse em explorar. A mais forte e contundente foi a saída de Ricardinho, indiscutivelmente o melhor do mundo na posição. Plantaram que o levantador era desagregador e havia rachado o grupo. Hoje já se sabe que Ricardinho trombou com Bernardinho, porque lutava pelos interesses dos jogadores, alguns que entravam em choque com as vontades do treinador e da CBV.

As derrotas na Liga Mundial no Rio e agora em Pequim vão abreviar mudanças que são incontinentes. Gustavo e Anderson já anunciaram que estão deixando a seleção. Um nome cresce na bolsa de apostas: Renan dal Zotto. Quem viver verá!




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