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Rendimento da poupança sobe para 5,95% com alta da Selic

Banco Central decide expandir a taxa básica de juros nacional de 8% para 8,5% ano ano

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
11/07/2013 | 07:07
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A diretoria do BC (Banco Central) elevou a taxa Selic. De acordo com nota publicada ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu que a taxa básica de juros brasileira passaria de 8% ao ano para 8,5%. Isso significa que as novas aplicações na caderneta de poupança terão rendimento de 5,95% ao ano, sem considerar a TR (Taxa Referencial). Até ontem, esse retorno era de 5,6%.

Isso ocorre porque o governo federal vinculou o rendimento da aplicação com o percentual da meta Selic. Até maio de 2012, a caderneta gerava ganhos fixos de 6,17% ao ano mais TR. Porém, no mesmo mês, o Ministério da Fazenda anunciou mudanças. O mecanismo é ativado quando os juros básicos estão em 8,5% ao ano, ou abaixo disso, e a poupança renderá 70% deste percentual.

Este foi o terceiro aumento consecutivo que o BC realizou na Selic. O primeiro ocorreu em março, de 7,25% ao ano para 7,5%. O segundo em maio, para 8%.

A decisão de ontem foi unânime entre os integrantes do Copom. O BC explicou, por nota, que esta mudança é uma tentativa de segurar o avanço médio dos preços dos produtos e serviços às famílias no País. “O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, informou a autoridade monetária.

Conforme publicou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador oficial de inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acumulou alta de 6,70% em 12 meses encerrados em junho. E o governo federal tem meta, considerada saudável para a economia, de 4,5% com limite até 6,5%.

A FecomercioSP avaliou, por nota, que a expansão da Selic é “é a melhor alternativa para combater a inflação”. E estima que o ciclo de aumentos só será interrompido quando o IPCA voltar para perto do centro da meta, de 4,5% ao ano.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) acredita que a elevação da Selic mudará as expectativas de crescimento da atividade econômica deste ano, o que também deverá ter impacto no humor dos empresários. “Os governos precisam aumentar a eficiência da máquina e serem capazes de fazer mais pelas pessoas”, declarou, em nota, o presidente da entidade, Paulo Skaf.
 




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