A Prefeitura de Ribeirão Pires irá assinar contrato emergencial com a Fundação ABC nos próximos dias. A terceirização do serviço custará R$ 330 mil mensais e será válida por 90 dias, com possibilidade de renovação pelo mesmo período.

A entidade disponibilizará 55 profissionais para serem divididos entre a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas), UBS (Unidade Básica de Saúde), Saúde Mental e Hospital e Maternidade São Lucas.

A maior contratação será de médico pediatra. Serão nove para prestar atendimento diurno e dez para o noturno. A Saúde Mental ganhará três psiquiatras que irão ter jornada de 20 horas semanais.

O plano de trabalho apresentado pelo Executivo ainda prevê 18 técnicos de enfermagem durante o dia e sete à noite. Mais oito enfermeiros devem ser incluídos no quadro – quatro para o dia, três para a noite e um para a atenção básica.

A terceirização de parte do sistema de Saúde vai contra o que foi pregado pelo atual prefeito da cidade, Saulo Benevides (PMDB), na campanha eleitoral do ano passado. O peemedebista sempre foi contrário ao modelo de gestão.

Porém, o secretário de Saúde e Governo, Koiti Takaki (PSD), ponderou sobre a contratação de profissionais por intermédio da Fundação ABC. “Não estamos fazendo uma terceirização plena do serviço. Resolvemos fazer a contratação para apenas suprir a demanda. Sou favorável ao sistema terceirizado desde que seja feito com uma empresa séria”, afirmou.

Koiti assumiu a Pasta interinamente após a saída de Fernando Antonio Blandi e deve ficar no cargo até o fim do ano.

O sistema municipal de Saúde em Ribeirão é terceirizado desde a gestão petista de Maria Inês Soares (1997-2000 e 2001-2004), quando a Fundação ABC era responsável pela gerência do Hospital e Maternidade São Lucas.

Na administração Clóvis Volpi (PTB, 2005-2008 e 2009-2012), o serviço foi prestado por três instituições: Instituto Acqua, Illuminatus e OSSPUB. A contratação gerou o bloqueio dos bens do petebista por suposto desvio de R$ 18 milhões durante o contrato com o Acqua.

TRANSPORTE

Em audiência pública na Câmara sobre o transporte público, ontem, a administração se comprometeu em abrir as planilhas da empresa Rigras nos próximos 30 dias. O líder do Movimento Acorda Ribeirão, Caio Augusto, declarou que o valor da passagem (R$ 3,00) deverá ser explicado. “Pagamos o mesmo preço da Capital, sendo que temos uma cidade menor. Não foi levado em conta na hora de definir o valor”, questionou.