Candidato do PT à Prefeitura de Mauá, o deputado estadual Donisete Braga ganhou apoio importante em sua campanha ao Executivo. Em encontro na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, a diretoria do grupo, incluindo o presidente Cícero Firmino, o Martinha (PDT), declarou adesão à candidatura do petista.

Com as raízes do PT se confundindo com as do sindicalismo, o apoio do bloco não chega a ser surpreendente. O que chama a atenção é a manifestação, particular e como presidente, de Martinha. Isso porque o partido dele, o PDT, é o mesmo do candidato a vice-prefeito Alberto Pierro, inserido na chapa encabeçada por Vanessa Damo (PMDB), adversária de Donisete.

Martinha descartou possível conflito partidário em sua posição. “Eu, como cidadão, sou livre para apoiar quem eu bem entender. Eu e a maioria do Sindicato estamos com o Donisete”, afirmou. Além do PDT, a diretoria do bloco, formada por 59 sindicalistas, possui filiados ao PT, PSB e PCdoB, partidos que integram a coligação ‘Sim! Somos Mais Mauá’, encabeça por Donisete.

O líder sindical fez questão de se eximir de responsabilidade por Pierro formar chapa com Vanessa. “Eu nem sabia que ele era do PDT. Ele não participava do partido. O nosso pessoal não teve participação nisso (aliança com o PMDB)”, garantiu.

Embora Martinha tenha Santo André como base eleitoral, sua postura reforça indicação feita por Donisete tão logo o PDT deixou a sustentação ao governo Oswaldo Dias (PT) e anunciou a adesão a Vanessa. Há pouco mais de um mês, o postulante petista disse que o PDT rachou, com candidatos a vereador pelo partido o apoiando e apenas a cúpula mauaense da sigla aderindo à peemedebista.

“O PT e o movimento sindical têm empatia de décadas. E a minha história com o Martinha é de 20 anos. Sempre estivemos do mesmo lado. Então ele está sendo coerente com o que sempre defendeu e pensou”, relatou Donisete.

CORPO A CORPO

À tarde, Donisete Braga partiu para o corpo a corpo no Shopping Popular de Mauá, onde encontrou mais vendedores do que consumidores. “Faça uma lei para fazer bagunça aqui na frente para trazer mais gente para cá”, brincou uma comerciante.

A outra vendedora, mãe de criança portadora de necessidades especiais, Donisete revelou a intenção de implantar um centro municipal de equoterapia. “Faremos o diagnóstico de quantas pessoas necessitam deste tipo de tratamento, que fortalece a coordenação motora e eleva a autoestima.”