Os brasileiros que vivem em outros países também protestaram. Há três meses em Dublin, na Irlanda, o intercambista Igor, 17 anos, fez questão de pintar o rosto e fazer cartaz. “Sempre gostei de política. Nossos antepassados escreveram a história do Brasil, e agora é a vez de o jovem melhorar o País”, explica o estudante, que acredita que haverá mudança no comportamento da população. “Vão começar a defender e exercer mais seu poder democrático.” Alguns irlandeses o questionaram sobre o motivo da manifestação. “Eles têm outra ideia do nosso País, e agora o mundo sabe o que está acontecendo. Não somos só samba e futebol.”
Em Buenos Aires, na Argentina, a estudante Beatriz, 18, participou de caminhada até a embaixada brasileira. “Em 2011 fui ao protesto convocado pelo Movimento Passe Livre, e a adesão e a violência foram menores do que aconteceu agora. Aqui em Buenos Aires foi pacífico e pessoas de outros países compareceram. A cidade está acostumada com isso.”
Morando há cinco anos em Barcelona, na Espanha, Fernanda, 18, acompanha o que rola no Brasil. “Achei ótima a mobilização internacional. É forma de sair às ruas e não manter toda a revolta só no Facebook. As pessoas perceberam que podem fazer a diferença.” Como o encontro foi em um dos pontos turísticos, ela conta que chamou a atenção de quem passava. “Pessoas do mundo todo estiveram presentes mesmo que por poucos minutos.”
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.