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Seleção B da Espanha também mostra poderio e goleia Taiti por 10 a 0

Fúria não ameniza para taitianos e aplica a maior goleada da história da Copa das Confederações

Thiago Bassan
21/06/2013 | 07:18
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Uma goleada para ser lembrada por muitos e muitos anos. A Espanha não tomou conhecimento do Taiti e, mesmo atuando com time B, aplicou nada mais nada menos do que 10 a 0 no adversário. O resultado mostrou mais uma vez a supremacia da Fúria, favorita ao título, e deixou os torcedores no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, festejando, mesmo com o fraco futebol apresentado pelos taitianos.

O placar levou os espanhóis aos seis pontos no Grupo B e a definição do líder da chave ficará para a partida contra a Nigéria, domingo, em Fortaleza.

Ontem, a time europeu abriu o placar rapidamente. Logo aos quatro minutos, Fernando Torres fez 1 a 0. A seleção do Taiti tentou, dentro de seus limites, chegar ao gol adversário. Em vão. Se o time não funcionava em campo, pelo menos os taitianos puderam ouvir os gritos da galera. Sempre que tocavam na bola, o Maracanã vinha abaixo, com aplausos e gritos de incentivo.

Por outro lado, a Fúria não tomava conhecimento e os gols saíram naturalmente. David Villa, aos 32, tocou para outro David, o Silva, que só teve o trabalho de ampliar – 2 a 0. No minuto seguinte, o próprio Silva lançou Fernando Torres, que fez o terceiro.

Atordoado, o Taiti apenas assistia aos espanhóis em campo, que não diminuíram o ritmo. David Villa, aos 38, anotou o quarto. 

Quem pensou que no segundo tempo a Fúria  relaxaria para não cair na antipatia dos torcedores, se enganou. A Espanha seguiu dominando a partida e, com o passar do tempo, ia aumentou a sede de gols. David Villa marcou logo aos três minutos. Aos 11, foi a vez de Fernando Torres. E o ímpeto não parou nos 6 a 0. O sétimo, marcado por David Villa, chegou a arrancar risos dos torcedores. O jogador apenas deixou a bola passar.

O fim de jogo ficou um pouco monótono. Mata, que havia entrado no segundo tempo, marcou o oitavo. Torres deixou mais um gol, e David Silva fechou a goleada.

  

 

Del Bosque minimiza vaias da torcida

 Apesar da goleada, a seleção da Espanha deixou o gramado do Maracanã sob vaias do público. E não era para menos. Os taitianos, apesar do fraco futebol, caíram nas graças da torcida brasileira, por seu carisma e dedicação, mesmo com a técnica limitada.

Para o técnico da Fúria, Vicente Del Bosque, o ocorrido foi encarado da melhor maneira pelos espanhóis. “Eu acho que isso vai muito além do que havia dentro de campo. É normal, por eles serem brasileiros. O fato é que eles (brasileiros) mostraram uma série de coisas, muito afeto também com relação à seleção espanhola”, disse o treinador.

O técnico aprovou a atuação dos reservas da Espanha – a maioria dos titulares ficou no banco de reservas. “Acho que temos de ver os aspectos positivos, o fato de termos jogado muito. Levamos o jogo muito a sério, e a nossa superioridade foi evidente. São gestos positivos”, disse Del Bosque.

Com os quatro gols marcados, Fernando Torres se igualou a Blanco, do México, e Al-Otaibi, da Arábia Saudita, recordistas em partida da Copa das Confederações e que haviam atingido o feito histórico na edição de 1999 do torneio.

Apesar de todos esperarem goleada, Torres admitiu que dez gols foram mais do que os espanhóis imaginavam. “Foi mais do que tínhamos sonhado, mas realmente merecemos esta vitória”, declarou o atacante. “Ninguém faltou com respeito em nenhum momento, tentamos jogar bem e isso é muito importante para a próxima fase (semifinais). 


Técnico taitiano agradece apoio da torcida brasileira

Se de um lado o apoio dos torcedores brasileiros ao Taiti não desagradou os espanhóis, por outro, foi recebido com toda a alegria possível pelo treinador da seleção taitiana, Eddy Etaeta. Mesmo com o placar elástico, em muitos momentos o público gritava ‘Vamos virar, Taiti’, além de xingar o juiz em dois lances de um suposto pênalti. Fatos que geraram a admiração do técnico.

“Mais uma vez, fiquei muito agradavelmente surpreso pelo apoio do público brasileiro. Gostaria de agradecer a todo o povo brasileiro, porque existem aqui hoje (ontem)  praticamente 80 mil pessoas e, realmente, apesar de ter sofrido série de gols, nosso objetivo é chegar também no coração dos brasileiros e só temos a agradecer. Obrigado, Brasil”, disse Etaeta.

Apesar de admitir a diferença técnica entre as duas equipes, o treinador lamentou a falta de organização que o Taiti demonstrou em campo. “É difícil, é complicado, muito embora a gente esperasse realmente acabar sofrendo série de gols, acho que foi muito difícil. A gente queria pelo menos fazer um. Fomos muito desorganizados e não podemos permitir isso. Não podemos ser desorganizados desta maneira”, criticou. (das Agencias)

 

Jogadores da Furia teriam sido furtados em hotel

A Fifa confirmou que os jogadores da seleção espanhola foram furtados na manhã de ontem. Aproximadamente 1.000 euros (cerca de R$ 3.000) desapareceram enquanto os atletas estavam em hotel de Recife. O porta-voz da Fifa, Pekka Odriozola, confirmou o furto, contrariando a Polícia Civil, mas não sabia explicar detalhes do caso.

“Sabemos que houve denúncia à polícia, isso foi cuidado pelas autoridades. Mantivemos contato com o time. A polícia está investigando. Sabemos que houve incidente em um dos hotéis, mas não tenho maiores detalhes. Estamos em contato com as autoridades para saber direito o que aconteceu”, explicou o porta-voz.

De acordo com o jornal Mundo Deportivo, seis jogadores haviam deixado dinheiro em suas carteiras ou em envelopes. Um deles teria sido o zagueiro Piqué. Os demais guardaram no cofre ou em suas próprias malas. Antes da confirmação da Fifa, o hotel disse desconfiar de boato plantado por um estabelecimento concorrente.

“Essa história de roubo não é verdade. O chefe de segurança da Espanha pediu para que um representante deles voltasse para o Recife para se desculpar por esse boato. Eles afirmaram que a história não partiu de ninguém da delegação”, desmentiu Eduardo Barbosa, gerente de relacionamento do hotel. (das Agências)




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