O São Caetano tem enfrentado dificuldades para encontrar locais apropriados para a realização dos treinamentos durante a semana. Para não desgastar o gramado do Anacleto Campanella, onde manda suas partidas na Série B, o clube tem recorrido a empréstimo de empresas da região para cumprir a extensa agenda programada pela comissão técnica.

Adepto dos treinos táticos, o técnico Sérgio Guedes tem feito os jogadores treinarem em dois períodos praticamente todos os dias. Para realizar as atividades é necessário gramado em boas condições de uso, o que é raro no Grande ABC.

O problema já estaria solucionado se o clube tivesse cumprido a promessa de entregar o centro de treinamento, que está em construção na esquina das avenidas Guido Aliberti e Conselheiro Antonio Prado. O terreno é de propriedade da Prefeitura e foi cedido em regime de comodato por 30 anos.

A obra começou em abril e o prazo para conclusão era de 120 dias, mas certamente a entrega terá de ser adiada, tendo em vista o ritmo lento dos trabalhos. Procurado pelo Diário, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, não foi localizado.

No local, serão construídos dois campos, um no tamanho normal e outro menor, para atividades táticas. O valor investido não foi revelado.

Quem sofre com a falta de campos são os jogadores, que precisam se deslocar pelas cidades da região para treinar. Além disso, a qualidade dos gramados em relação ao Anacleto Campanella também prejudica a preparação.

O zagueiro Wagner, no entanto, foi político ao analisar a situação. "Acho que temos de nos adaptar a esse problema. Quando estava na Itália treinava em gramado sintético, jogava em campo de grama natural e não tinha grandes dificuldades. Vamos superar isso também ", garantiu.