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A escravidão moderna

Saber fazer escolhas, guardar dinheiro regularmente, nem que seja um pouquinho,
e poupar conscientemente são atos explícitos de amor e respeito

Silvio Paixão
19/06/2013 | 07:30
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Desde quando nos entendemos por gente, e nos é dada ciência da escravidão, passamos a valorizara liberdade. É quase automática a noção de privação da liberdade e o significado prático de ser “escravo” – a ele, resta, em troca de sua sobrevivência, receber comida, para simplesmente continuar vivo, e recostar o corpo exausto em algum lugar.

Procure esquecer que, ainda, em alguns locais, pratica-se a escravidão tradicional. Volte-se, agora, para o seu mundo, olhe à sua volta e busque encontrar o que mais lhe incomoda. Difícil? Acho que não! Talvez não seja fácil definir, verbalizar. Mas, existe sim uma sensação de desconforto algo inexplicável, não é mesmo?

Será que essa sensação desagradável é a tal “escravidão moderna”? E como ela se manifesta? Como, nós, indivíduos livres (?), nos permitimos tamanha submissão a ela?

Pois, vamos juntos entender esse desconforto, as causas desse desequilíbrio que tanto incomoda, mas, mesmo assim, teimamos em não “parar” para eliminá-lo ou diminuí-lo.

Simplificando, sem pretender ser simplista - “escravidão” é algo ou alguém que nos aprisiona e que nos mantêm vivos exatamente para continuar a se aproveitar da gente no momento seguinte, concorda?

Se sua resposta for afirmativa, permita-me as seguintes perguntas: você se lembra do seu primeiro salário? Era bem menor que o de hoje? O que você fez com ele? E o que você faz com o de hoje? Você já se apercebeu como e no que você o gasta? Não importa em que fase da vida e da carreira esteja, a estrondosa maioria das pessoas, sem distinção de classe social e tamanho de salário, está submissa à pouco discutida “escravidão moderna”.

É isso mesmo? As pessoas simplesmente passam suas vidas como “escravas”, trabalhando para pagar contas, carnês, prestações, compras, serviços e etc. que poderiam, sim, ser evitados em grande medida. Caso tenha se esquecido, o nosso bom pensamento e seu melhor amigo – o livre arbítrio – servem exatamente para nos permitir a ter condição e padrão de vida mais saudável e livre de compromissos escravizantes.

Você já se apercebeu que as melhores coisas da vida “acontecem” para pessoas que exercitam suas escolhas de maneira ponderada e livre? Elas não permitem que o ego e as “motivações sociais” interfiram negativamente em suas decisões.

Então, antes que a “escravidão moderna” lhe aprisione a ponto de adoecer, aprofunde essas reflexões e busque entender como exercitar sua capacidade de ser livre financeiramente.

Veja, quem te disse que você é obrigado a ter:

- A melhor casa da vizinhança?
- O carro do ano (todo ano)?
- O celular mais poderoso?
- A roupa da moda? Que moda mesmo?
- E mais uma lista interminável de bens materiais, continuamente... Quem?

A norma vigente “determina” que as pessoas precisam pertencer a um grupo social e, para tal, devem (?) ter tais coisas e agir conforme. Por quê? Viver condignamente e bem não significa, de forma alguma, viver endividado e pagando contas!
Olhe ao seu redor, e identifique uma família, que você possa dizer, sem pestanejar, que é feliz! Está difícil, não é mesmo? Pois é, as pessoas se esqueceram de exercitar seu poder de escolher, pensar, enfim, viver!

Liberdade é ter a coragem de ser e agir, não conforme o que você pensa que os outros podem pensar de você, mas de acordo com aquilo que você acredita que lhe fará bem.

Viver em sociedade nos obriga a fazer escolhas que levam também em consideração respeitar a liberdade dos outros. E tudo isso requer vigilância de pensamentos, comportamento, ações e respeitar as pessoas, mas primeiro a nós mesmos.

Uma das condições para ter sucesso é estar equilibrado no orçamento e respeitar o planejamento das finanças da família, que irá mudar, sim, ao longo da vida – ou você continua pensando e agindo como fazia dez anos atrás. É fundamental agir serenamente, com propriedade e razoabilidade, respeitando a gestão equilibrada e prudente do orçamento. Aliás, essa última parte parece ser a mais difícil. Como é possível? Afinal, são tantas as demandas... Será?

Para quem se gosta e ama os seus, de verdade, há um equilíbrio familiar intrínseco onde as escolhas levam em consideração interesses comuns verdadeiros (não aqueles passageiros e superficiais). Saber fazer escolhas, guardar dinheiro regularmente, nem que seja um pouquinho, e poupar conscientemente são atos explícitos de amor e respeito; o consumo desenfreado leva você para onde os outros querem, e não para onde você não deveria nem gostaria de ir e estar. Pense nisso, com isenção e serenidade, pois uma vida harmoniosa, rica de realizações pessoais lhe aguarda. Você merece ser livre e feliz.
 




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