Política Titulo Problema político
Reali tenta aprovar na
Câmara as contas
rejeitadas pelo TCE

Corte reprovou exercício 2010 do ex-prefeito,
o que poderia enquadrar petista na Ficha Limpa

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/06/2013 | 07:06
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Celso Luiz/DGABC


O ex-prefeito de Diadema Mário Reali (PT) já atua nos bastidores para reverter, na Câmara, o parecer negativo dado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) às contas de 2010 da Prefeitura, o segundo ano de seu governo.
Na sessão de quinta-feira, o ex-secretário de Esportes e ex-articulador político do Paço Antônio Vanderly Lima se reuniu com alguns vereadores petistas com intuito de costurar a derrubada da reprovação da contabilidade do ex-prefeito.


Reali quer agilizar o processo, principalmente porque articula candidatura a deputado estadual. A manutenção da rejeição às contas de 2010 poderia enquadrar o ex-chefe do Paço diademense na Lei da Ficha Limpa e, consequentemente, tirá-lo da corrida eleitoral do ano que vem.


O parecer negativo dado pelo conselheiro Antonio Roque Citadini ainda não chegou à Câmara, porém o cenário atual não deve oferecer dor de cabeça a Reali, que viu a Casa derrubar a negação às contas de 2009. Dos 21 vereadores da legislatura vigente, 15 foram eleitos no arco de alianças de apoio à reeleição do ex-prefeito.


Em contrapartida, apenas os petistas hoje não estão no bloco de sustentação do prefeito Lauro Michels (PV), principal adversário político de Reali. Apesar de não dar demonstrações, Lauro pode orientar a bancada a seguir o parecer do TCE e, assim, excluir um potencial candidato a deputado estadual do páreo na cidade.


O governo ainda não decidiu a quem vai declinar apoio para o pleito à Assembleia Legislativa. O prefeito prometeu sustentar a campanha da deputada estadual Regina Gonçalves (PV), mas o verde é afilhado político do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que tem base em São Bernardo. Outros nomes que orbitam no Paço também ensaiam projeto paulista, como os secretários Marcos Michels (Educação) e Márcio da Farmácia (Obras) e o vereador Ricardo Yoshio (PDT).


No começo do ano, Lauro encaminhou ao Ministério Público o relatório fiscal da Prefeitura herdado por Reali. O atual prefeito afirmou que seu antecessor deixou restos a pagar sem dinheiro em caixa, em desconformidade com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o que também poderia enquadrar o petista na Ficha Limpa.
 




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