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Fiéis enchem igrejas
para celebrar o Dia
de Santo Antônio

Casamenteiro recebe pedidos por noivos, mas padre garante que é preciso ajudá-lo

Drielly Gaspar
Especial para o Diário
14/06/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O Dia de Santo Antônio foi comemorado ontem pela Igreja Católica. Paróquias da região ficaram cheias de fiéis, que foram receber bênçãos e renovar pedidos. Os devotos levaram pães abençoados para garantir fartura. E houve quem procurou Santo Antônio para pedir ajuda com o que lhe deu fama: o casamento.

A auxiliar de operação Tatiane das Neves, 30 anos, pede um noivo ao santo há cinco anos. “Já acendi vela, virei a imagem de ponta-cabeça em copo d’água. Garanti o namorado, mas o casamento está complicado.” Tatiane namora há um ano e meio com um rapaz de 19 anos que, de acordo com ela, ainda não está pronto para casar.

A advogada Mônica Cristina Gonzáles, 37, é devota do santo e confessa que também já fez simpatias para conseguir namorado. “Namorei firme, mas nunca deixei de recorrer a ele. Sei que foi Santo Antônio que me livrou de casar com a pessoa errada”, afirma. Ontem Mônica foi até a igreja em Santo André para agradecer por outras questões além das amorosas, mas não deixou de pensar nisso. “Sempre fui devota. Mas não custa nada acender uma vela e comer o bolo, na hora certa ele vai me atender.”

Apenas na paróquia que fica na Vila Alpina, em Santo André, foram vendidos 10 mil pedaços do bolo de Santo Antônio. Ao término das missas, que foram realizadas a cada duas horas, era preciso paciência para enfrentar a longa fila para comprar o doce. “Se vem comer o bolo para arrumar marido tem que fazer o pedido enquanto come”, brinca a voluntária Mirdes Armelin, 59.

Em São Caetano, o padre Jadeílson, da Paróquia de São José, foi convidado para celebrar as missas ao longo do dia. Ele explica que Santo Antônio virou casamenteiro não só por ajudar às mulheres a arrumar um marido, mas também por ajudar casais em crise. “Muitos recorrem a ele porque estão com problemas dentro de casa e, com fé, alcançam as graças.”

O padre ainda explica que as simpatias são apenas superstição, pois é a fé que faz as coisas acontecerem. “Santo Antônio era um ser humano como nós e hoje é reconhecido como santo. Isso nos leva a crer que ele está perto de Deus, então, se recorrermos a ele, nosso pedido será atendido. Mas é a fé quem faz todo o trabalho.”

Caso a pessoa faça questão de recorrer às simpatias, Jadeílson reforça que Santo Antônio não faz milagre se a pessoa não colaborar com ele. “Não adianta a pessoa colocar o santo de castigo e cruzar os braços. É preciso sair, conhecer gente nova, socializar mesmo. Só assim o santo consegue trabalhar.”

Para conseguir um casamento feliz, o padre garante que é preciso dedicação. “Tem que ter vontade de fazer o outro feliz. Casamento não é milagre, mas sim cumplicidade, paciência e amor.”  




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