Pequenos empresários da área de ferramentaria do Grande ABC, com apoio de prefeituras e de entidades regionais, vão se reunir no dia 20, no Rio de Janeiro, com representantes da Finep (Agência Brasileira de Inovação) – que é ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia – para buscar financiamento a projetos inovadores do segmento.

Uma das demandas será o apoio ao desenvolvimento de um novo material – um aço híbrido, que pode gerar redução de custos de 20% aos fabricantes, segundo um dos coordenadores do programa APL (Arranjo Produtivo Local) do setor, Paulo Braga Furlan. Esse APL, destinado a trazer mais competitividade aos industriais por meio de ações conjuntas e da articulação com instituições públicas e privadas, congrega atualmente cerca de 60 empresários.

Outra reivindicação à Finep, que envolve diversos elos da cadeia automotiva, incluindo as montadoras, é para a montagem de laboratório de crash test (teste de colisão) no Grande ABC. Furlan cita que seu segmento não será beneficiado diretamente com essa iniciativa, mas isso deve auxiliar toda a indústria automotiva nacional, que tem de recorrer a ensaios desse tipo no Exterior, para avaliar o nível de segurança dos veículos.

JAPÃO - Empresas do Japão do setor de ferramentaria têm manifestado interesse em se aproximar das indústrias do segmento na região. Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Carlos Gonçalves, além do estreitamento de relações, que deve culminar em breve em visita de empresários daquele país aos sete municípios, instituto ligado ao governo japonês abre a possibilidade de ter bolsistas brasileiros (estudantes da graduação e de nível técnico) em projetos de pesquisa ligados a essa área.

Gonçalves assinala ainda que, depois de recente reunião com a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloísa Menezes, há a perspectiva de intensificação dos estudos para a definição da rastreabilidade das peças (para detectar se os componentes automotivos são produzidos no Brasil ou não). “Isso é importante para a definição do índice de nacionalização”, destaca.