Com faixas de protesto e carro de som, cerca de 50 pessoas participaram da caminhada em defesa da preservação da Chácara Colúmbia, na manhã de ontem, na Vila Vivaldi, em São Bernardo. A área verde pertence à MZM Construtora e pode dar lugar a empreendimento imobiliário.

Quem organizou a ação foi o Movimento em Defesa do Tombamento e Desapropriação da Chácara Colúmbia. O grupo objetiva tornar público o espaço, que conta com casarão datado de antes da década de 1950.

A passeata partiu da esquina da Rua Sapucaí com a Avenida Senador Vergueiro, com passagem pelas vias Caminho do Mar e Winston Churchill. Após uma hora e meia, a ação terminou com abraço dos participantes. Foram colhidas 2.000 assinaturas.

A pedido da professora Meire Lima, 43 anos, uma das líderes do movimento, a caminhada foi escoltada por dois carros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego e Trânsito). “Queremos parques públicos na cidade. Estou nessa luta desde 2005”, diz Meire.

O tombamento está em fase provisória, conforme Simone Scifoni, 50, que estuda o caso no Compahc- SBC (Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo) desde 2002. “A decisão final deve sair em agosto”, estima.

O movimento atraiu moradores da região. A estudante Jennifer Caroline Teotônio de Souza, 11, foi com o pai apoiar a iniciativa. “Precisamos de verde no nosso planeta. Gostaria que virasse um museu.”

A professora Alessandra Fahl, 34, demonstra indignação. “Histórias serão soterradas aqui. Temos vestígios de sítio arqueológico e precisamos de profissionais para avaliar a área. Falamos de meio ambiente às crianças, mas e o exemplo prático?”, questiona.