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E o voto vai para...

No Brasil, o voto é secreto para evitar coação e constrangimento. Mas muitos divulgam seus escolhidos sem problemas.

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
05/06/2013 | 07:00
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No Brasil, o voto é secreto para evitar coação e constrangimento. Mas muitos divulgam seus escolhidos sem problemas. Em alguns casos, há consequências. Ontem, o secretário de Cultura de Santo André, Raimundo Salles (PDT), que concorreu ao Paço no ano passado, esteve na Câmara para explicar o funcionamento da Jornada Cultural e revelou em quem votou para vereador. O anúncio ocorreu quando o pedetista saudava os parlamentares e, a cada citação, falava da trajetória do político e sua relação com ele. No momento em que falava do correligionário Cosmo do Gás, a revelação: “Vou revelar meu voto, que agora tenho o direito de fazer. Votei no Cosmo do Gás.” A justificativa foi por ser pessoa próxima, da periferia, onde concentrou a campanha para prefeito e fizeram várias caminhadas. Salles só não contava com a presença ao seu lado do outro vereador pedetista, Sargento Lobo. O parlamentar faz parte da mesa diretora da Casa e acompanhava de perto a explanação do secretário. O constrangimento de ter sido preterido na escolha ficou claro ao plenário, diante dos vereadores e público. Geralmente, ao divulgaram o voto, as lideranças políticas usam o argumento de que digitam os números da legenda na urna, no caso do PDT de Salles, o 15. Como está de saída do partido e de malas prontas para a MD, em quem ele irá votar em 2014? Antes de falar, olhe para o lado, secretário.

Taxa do lixo

O prefeito Carlos Grana (PT), de Santo André, protocolou na Câmara projeto de lei que reduz em 50% a cobrança da taxa do lixo a aposentados e pensionistas que possuem um imóvel na cidade. Na matéria, porém, não há informações de quantos serão beneficiados nem qual impacto no Orçamento. Não há prazo para votação, mas há pressa para aprová-lo. Independentemente de quando seja apreciada, a propositura garante desconto retroativo a abril, quando foi regulamentada a cobrança da taxa. Houve casos em que o aumento foi de 1.000% e os vereadores pressionaram o Paço para mudar a lei criada por Aidan Ravin (PTB) em dezembro, último mês de seu governo.

Revezamento

Grana vai ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, amanhã, para falar com os ministros que o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não conseguiu conversar ontem. Ele só falou com Teori Zavascki, Antonio Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Faltam mais oito magistrados. Outros chefes do Executivo também entrarão no revezamento para manter o parcelamento da dívida dos governos municipais com precatórios, cuja regra está em vigor desde 2009, mas o Supremo declarou inconstitucional a iniciativa.

Novo Fórum

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), e uma comitiva de autoridades da cidade realizaram audiência com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, na tarde de ontem. O grupo solicitou um novo Fórum no município, já que o atual não está em boas condições e sequer tem sala de júri. O prefeito se comprometeu em ceder o terreno de aproximadamente 750 metros quadrados para concretizar o equipamento. Sartori realizará estudos de viabilidade.




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