Política Titulo Análise
Frank diz que não se elegeria
deputado se ficasse no PTB

Vice-prefeito de São Bernardo avalia que partido possui forte concorrência interna pela vaga

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
02/06/2013 | 07:09
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O vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar, afirmou que seu projeto de disputar o cargo de deputado federal pelo PTB seria derrotado. O político estava na legenda desde 2005 e anunciou a desfiliação no mês passado.

Frank avaliou que o partido irá conseguir fazer duas cadeiras por São Paulo, sendo que a concorrência interna é grande. “O PTB é um partido tradicional e que já tem seus possíveis donos das vagas que serão preenchidas como deputado federal. Era um projeto que já entrava derrotado e não tem como brigar com os colegas.”

Os nomes apontados pelo ex-petebista são os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB). No pleito de 2010, os dois tiveram votação expressiva: 192.336 e 117.634, respectivamente. Na ocasião, Frank angariou 46.154 sufrágios e ficou como primeiro suplente do PTB.

O vice-prefeito admitiu que a escolha do novo partido passará pela discussão da linha de corte para a vaga federal. “Tenho de entrar no projeto não para me aventurar. Preciso de um partido que me dê possibilidade e prioridade. Tem a questão matemática com um (número de) corte baixo”, disse.

O destino de Frank pode ser o PMDB. Lideranças peemedebistas têm conversado com o número dois do Paço de São Bernardo para convencê-lo da filiação. Na semana passada, uma reunião foi feita para discutir a adesão.

O ex-petebista declarou que o PMDB possui um projeto atrativo, principalmente porque o partido aposta na reeleição de Gabriel Chalita (PMDB-SP), que teve a segunda maior votação do Estado em 2010 – 560.022 votos. “Acredito que o PMDB faça até seis deputados e todos estão brigando. O Chalita tem votação necessária para ele e para ajudar outros candidatos que vão brigar de igual para igual”, avaliou.

Outro ponto favorável ao PMDB é a aliança consolidada com o PT desde 2010 e que deve ser mantida para a eleição do ano que vem. Frank garantiu que escolherá um partido que integre a base de sustentação do governo petista.

Para sair do PTB, o vice-prefeito justificou que não poderia ajudar na reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por compor a administração de Luiz Marinho (PT). “(O PTB) Não pode apoiar o PT por enquanto. Não tenho intenção de apoiar o Alckmin porque sou aliado do Marinho. O eleitor poderia não compreender essa questão.”

A saída, porém, não abalou o relacionamento com o deputado estadual e comandante do PTB no Estado, Campos Machado (PTB). “Ele é, antes de tudo, meu fraterno amigo e padrinho de casamento. Chegamos a esse consenso”, contou.

AMADURECIMENTO

Frank ressaltou que os cinco anos como vice-prefeito serviram para seu crescimento político. A bandeira da campanha continuará sendo pautada pela defesa da Cultura e Educação. “A minha cabeça estará muito mais experiente porque hoje entendo melhor o funcionamento da máquina pública municipal”, explicou.

A busca por verbas do governo federal para as cidades da região será pautada como prioridade num eventual mandato. “Serei extensão dos gabinetes dos sete prefeitos em Brasília. Vou olhar de forma especial pelo Grande ABC.”




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