Política Titulo Diadema
Audiência vira palanque de PT, PV e PSDB

José Augusto reforça ações de sua gestão e a de Lauro na Saúde e é rebatido por petistas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/05/2013 | 07:00
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A segunda audiência pública promovida pela Secretaria de Saúde de Diadema se transformou em palanque político de discussão das ações públicas adotadas por PT, PSDB e PV no setor mais caótico da cidade.

Enquanto o secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), enalteceu ações feitas durante seu mandato como prefeito, de 1989 a 1992, e destacou o modelo de Lauro Michels (PV), petistas defenderam os projetos dos governos de José de Filippi Júnior (PT) e Mário Reali (PT) – juntos, eles comandaram a Prefeitura de 2001 a 2012.

Diferentemente da primeira audiência pública capitaneada por José Augusto, em março, quando houve confusão, a atividade de ontem se esquentou apenas nos discursos.

O bate-boca começou quando foi aberta rodada de perguntas ao secretário. Petistas questionaram a demissão de 60 médicos do quadro da Prefeitura, o que tem forçado a administração a encerrar serviços básicos, como a UTI pediátrica do Hospital Municipal. Além disso, cobraram do tucano o projeto de lei de aumento dos salários dos médicos, que está em estudo e sem prazo para ser levado à Câmara.

José Augusto evitou responder à maioria das perguntas de forma objetiva e alfinetou sua antecessora na Pasta, Aparecida Linhares Pimenta. “Estamos mudando o modelo de atendimento e mudanças levam tempo. O mais importante é que o secretário tem de ser da cidade, como eu sou. Não sou turista. Quando a população precisa bate na porta de casa.”

Josa Queiroz (PT) voltou a indagar o secretário, de maneira mais incisiva. Lembrou que a situação financeira da Prefeitura não permite aumentos expressivos nos salários dos médicos. José Augusto disse que trabalhava com a herança recebida da gestão petista.

O debate voltou a ficar acalorado quando uma munícipe perguntou os motivos pelos quais médicos se desligaram da Prefeitura, afirmando que não havia êxodo de profissionais com Reali. “Eram outros quinhentos, minha filha”, respondeu o tucano. “Você se engana quando fala que eles ficavam no governo passado porque queriam. Agora o único esquema que há é o de vacinação”, emendou, sugerindo pagamento extraoficial na gestão anterior para a manutenção do quadro de médicos.




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