Mesmo com esforço dos grupos majoritários do PT de Mauá, encabeçados pelo prefeito Donisete Braga e seu antecessor Oswaldo Dias, por uma chapa única ao PED (Processo de Eleição Direta), o cenário no petismo aponta por disputa. A ala interna da agremiação, o POP (Participação e Organização Popular), garante que lançará candidatura própria à presidência e terá lista independente para a formação do diretório municipal.

O POP é um grupo minoritário no PT mauaense, compondo apenas duas cadeiras do diretório municipal, com os ex-candidatos à vereança Reginaldo Che (obteve 688 votos) e Adilson Ferroviário (503). A bandeira do grupo é lançar uma chapa que não esteja atrelada à Prefeitura, embora o discurso não seja de oposição ao governo Donisete.

"Fomos formados no início do ano com a união de outros agrupamentos. A gente acredita que o partido tem que discutir questões políticas sem estar ligado ao governo, não ficando limitado aos grupos que têm cargos no Legislativo e Executivo. Queremos essa independência do diretório", disse Marcos Ahlers, um dos integrantes do movimento.

Por enquanto, o bloco pretende Reginaldo Che como postulante à presidência do partido. A ala pretende dialogar com também ex-vereador Dario Coelho, que possui grupo de militantes no petismo.

Esse cenário praticamente coloca fim às chances de consenso no PED. As principais lideranças do petismo dialogam com outras alas para evitar disputa interna. Por essa razão, foi criada uma comissão composta pelo secretário de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes, presidente da Câmara, Paulo Suares, e o atual mandatário do PT local, Leandro Dias.

Os grupos dominantes ainda não possuem um nome para a presidência do partido.