O secretário de Saúde de Ribeirão Pires, Fernando Antonio Blandi, se reuniu com os parlamentares ontem para destensionar o diálogo com o Legislativo. O encontro foi o primeiro de uma série de audiências que ele deve fazer nos próximos dias. Nas últimas semanas, os vereadores não pouparam as críticas ao titular da Pasta.

O problema começou durante vistoria dos vereadores na UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) no dia 10, após um munícipe denunciar a falta de médico no local. Blandi teria dito a um funcionário do equipamento que os parlamentares deveriam prestar atendimento à população ao invés de realizar a visita. A Prefeitura negou a declaração do secretário.

Após o episódio, a Casa resolveu convocar audiência pública sobre a Saúde no primeiro trimestre deste ano. Os parlamentares não esconderam a insatisfação com o chefe da Pasta.

O encontro realizado ontem na Câmara foi agendado com Diva do Posto (PR), Renato Foresto (PT) e Rubão (PMDB). Os três foram priorizados porque são os que mais apresentaram demandas para a área.

O petista avaliou que Blandi só foi ao Legislativo porque estava pressionado com as críticas e com a fiscalização da Casa. "Ele sentiu o impacto porque não estava dando valor para nosso trabalho. O secretário veio se explicar", disse Foresto.

O petista foi o autor do pedido pela audiência pública. "Independentemente dessa visita dele e das próximas que irá fazer, exijo que seja feita a explanação dos gastos da Saúde para toda população."

Em nota, Blandi ressaltou o compromisso da Pasta em atender as solicitações dos vereadores. "A Secretaria de Saúde e Higiene está de portas abertas aos vereadores. Mantemos contato diário para conhecer a demanda que os moradores muitas vezes passam a eles."

PLANTÕES

O secretário explicou aos parlamentares que a falta de médicos no dia em que eles foram até a UPA ocorreu porque os três profissionais escalados apresentaram atestado médico, o que comprometeu o atendimento.

O Paço divulgou que não houve paralisação do serviço porque Blandi providenciou pessoalmente "imediato reforço" de profissionais. Naquele dia, o plantão de 24 horas iniciou com cinco profissionais (um clínico geral, dois ortopedistas e dois pediatras).