Política Titulo São Bernardo
Governo Marinho muda
relacionamento com aliados

Reuniões com situacionistas de São Bernardo serão realizadas duas vezes por semana

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
16/05/2013 | 07:00
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Para contornar a iminente crise com a base governista na Câmara de São Bernardo, os articuladores do prefeito Luiz Marinho (PT) no Legislativo mudaram o esquema de reuniões com os aliados.

Antes as reuniões eram realizadas às terças-feiras, um dia antes das sessões legislativas, na parte de manhã. Agora, os encontros entre os aliados do prefeito ocorrerão duas vezes por semana: às terças-feiras no período da tarde e nas quartas-feiras a partir das 8h. O aumento de encontros foi a forma encontrada pelo governo para conter a insatisfação dos aliados de Marinho. A decisão foi tomada ontem, após reunião entre os vereadores da base de sustentação e o secretário de Governo, José Albino. A reunião seria realizada na terça-feira, mas foi cancelada.

"Como os vereadores têm outros compromissos, nem sempre podem participar das reuniões. Por isso fizemos esse ajuste", disse Zé Ferreira. José Albino não quis comentar o resultado da reunião.

Na semana passada, os parlamentares situacionistas iniciaram um movimento contrário ao PT, rejeitando o pedido de adiamento do requerimento do vereador oposicionista Julinho Fuzari (PPS), questionando o valor da passagem de ônibus no município, de R$ 3,30 e os serviços prestados pela SBC Trans, concessionária responsável pelo transporte coletivo no município.

A atitude dos governistas foi considerada um recado ao Executivo, motivada pela reclamação de alguns parlamentares sobre a falta de diálogo com o chefe do Executivo.

Marinho rebateu a reclamação, afirmando que conversas existem com os vereadores, mas a insatisfação ocorre por que alguns aliados querem cargos no governo.

Ontem o requerimento de Fuzari não entrou em discussão, mas havia um aparente clima de harmonia entre os aliados do prefeito. "Não existe nenhum problema entre a base e o governo. O prefeito atende aos vereadores, não existe crise", afiançou o vereador Ramon Ramos (PDT).

Resta saber se a articulação do governo para evitar novos descontentamentos dos vereadores da base será mantida nas próximas sessões e o novo esquema de participação dos aliados nas decisões do governo surtirá efeito.

REAJUSTE DE SERVIDORES

Em outro dia de sessão pouco produtiva, os vereadores aprovaram o reajuste salarial para os 417 servidores da Câmara, de 6,7% referentes a perdas inflacionárias entre março de 2012 e fevereiro de 2013, com base no índice do INPC (Instituto Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado no período.

Com o reajuste, o gasto do Legislativo com folha de pagamento saltará de R$ 2.553.250.98 para R$ 2.724.318,79 mensais, para custear os vencimentos de 417 servidores, sendo 362 comissionados e 55 efetivos.

O reajuste é o mesmo concedido ao prefeito Luiz Marinho, ao vice-prefeito Frank Aguiar (de saída do PTB), aos secretários e servidores municipais. O percentual oferecido pelo governo foi aprovado em assembleia do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais).

O texto aprovado na semana passada pela Câmara garantiu ainda outra reposição da inflação aos servidores, que será aplicada nos vencimentos em 2014, além de aumento real de 0,5%.




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