O ator Lázaro Ramos reconstrói Madame (1900-1976), negro e malandro, pobre e pai adotivo, transformista e presidiário. Em casa acolhe uma prostituta, um cúmplice para os golpes de subsistência e uma filha que de seus genes nada tem. Filme forte em ano que já teve Cidade de Deus, O Invasor e Abril Despedaçado (do qual Aïnouz é co-roteirista). É o Brasil olhando de novo – sem as mesmas regras, com as mesmas metas do Cinema Novo – para seus miseráveis, náufragos nesse maremoto social.
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