Depois de prometer pagar parte de suas cotas atrasadas às Naçoes Unidas, os Estados Unidos terao que convencer os membros da organizaçao e recuperar o antigo prestígio. O secretário-geral Kofi Annan e outras autoridades da ONU manifestaram satisfaçao nessa terça-feira com o acordo feito para o pagamento das cotas atrasadas dos Estados Unidos, dizendo que isso evitará que o país mais poderoso do mundo perca seu voto na Assembléia Geral.

Contudo, a ONU e muitos de seus 187 países-membros lamentam que os Estados Unidos tenham deixado de pagar suas cotas durante tanto tempo e alguns concordaram em que o acerto feito domingo é ofensivo porque prevê o pagamento de apenas metade do que Washington deve e sob condiçoes que os Estados Unidos nao admitiriam que outro país impusesse à ONU.

A Casa Branca e membros do Congresso prepararam o pacto, segundo o qual o Congresso autoriza o pagamento de U$ 926 milhoes durante três anos em cotas atrasadas.

Em troca, a administraçao teve que aceitar as exigências dos conservadores de limitar o aborto em outros países subsidiado pelos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o acordo proíbe que sejam fornecidos fundos oficiais a grupos de planejamento familiar que promovem abortos.

O acordo ajudará a cobrir os 350 milhoes de dólares que Washington deve pagar à ONU antes de 31 de dezembro, sob pena de perder seu direito de voto na Assembléia Geral. O Departamento de Estado disse nessa terça-feira que esse pagamento será feito a tempo.

Segundo a ONU, os Estados Unidos devem U$ 1,6 bilhao, mas Washington contesta esse número.