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Armênios recordam genocídio provocado pelos turcos em 1915
Do Diário do Grande ABC
24/04/2000 | 17:00
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Centenas de milhares de armênios lembraram nesta segunda-feira, na capital Erevan, o genocídio do povo armênio nas maos dos turcos, em 1915. Eles se reuniram em torno do monumento erguido em memória das vítimas. A gigantesca multidao reunia gente saída de todas as regioes da Armênia e de vários países europeus, especialmente da Suécia, França e Grécia.

Muitas autoridades, inclusive o presidente armênio Robert Kotcharian, depositaram flores ao pé do monumento. Na sua mensagem à naçao o presidente afirmou que "85 anos depois do genocídio, a comunidade mundial ainda nao se pronuncia sobre esse episódio. A ausência de condenaçao internacional abriu a porta a outros genocídios e outros crimes".

As deportaçoes para a Síria - entao província do império otomano - e os massacres de armênios de 1915 a 1917, ordenados pelo governo dos "Jovens Turcos" (utranacionalistas), deixaram entre 1,2 e 1,3 milhao de mortos, segundo historiadores armênios. As autoridades turcas, que nao aceitam o termo "genocídio", dizem que as vítimas sao entre 250 mil e 500 mil.

A Armênia, uma ex-república soviética de 29.800 quilômetros quadrados e cerca de 4 milhoes de habitantes, conseguiu a independência da URSS em 1991. Sem saída para o mar, o país está em uma zona sujeita a freqüentes terremotos e faz fronteira com Azerbaijao ao leste, Ira ao sul, Turquia a oeste e Geórgia ao norte. A maior parte da populaçao de país pertence a Igreja Gregoriana, de rito oriental, independente dos cristaos ortodoxos.

Submetida à dominaçao otomana, a Armênia teve vários períodos de independência do século XII ao XIV. Foi disputada pelos impérios persa, turco e russo nos séculos XVIII e XIX. Conseguiu independência em 1918, e foi incorporada pela URSS dois anos depois.

Pelo menos 4 milhoes de armênios vivem no exterior. O movimento de emigraçao ficou mais forte depois do genocídio. Nos últimos anos, também aumentou a emigraçao para a Rússia.




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